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Cidades visitadas pelo MAPA registram grandes perdas por conta da seca

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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Uma comitiva formada por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da FAEP começou a percorrer as regiões produtoras do Paraná. O objetivo é avaliar os estragos causados pela seca severa que vem castigando o Estado há três anos, causando quebras graves na produção e grãos do estado, irradiando estes efeitos negativos também para outras cadeias produtivas.  Também participam das reuniões representantes sindicais locais, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) e outras entidades com atuação agropecuária.

O roteiro começou nesta segunda-feira (10) com as primeiras reuniões realizadas em Guarapuava e Pitanga, na região Centro Sul e Campo Mourão, no Noroeste. Cada encontro procura ouvir produtores e lideranças locais, além de representantes regionais da Seab. A FAEP participou das reuniões e da elaboração deste roteiro, que realiza seus encontros nos sindicatos rurais filiados à Federação.

 

Com isso, pretende-se avaliar in-loco a situação real das lavouras causada pela estiagem. O fruto destas reuniões será um relatório que será levado ao Mapa para que sejam definidas possíveis medidas de apoio aos produtores prejudicados.

“O objetivo é monitorar quais atividades produtivas foram mais impactadas e discutir quais medidas podem ser adotadas”, afirmou o diretor do Departamento de Gestão de Riscos, da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Pedro Loyola.

 

Guarapuava

Em Guarapuava, os relatos dos participantes deram conta de perdas nas lavouras de milho da ordem de 30%. Além da quebra no volume, a qualidade também foi afetada, com espigas malformadas e grãos chochos. Essa situação também impactou a produção de silagem e consequentemente a produção de leite. Outras culturas afetadas na região foram o mel, que aponta quebra na produção da ordem de 70%, tabaco e batata.

“Essa foi a pior estiagem que eu já passei”, afirmou o presidente do sindicato rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho.

 

Pitanga

Situação semelhante foi apresentada na reunião realizada em uma estrutura do Sindicato Rural do município de Pitanga. Segundo os participantes, houve quebra expressiva no milho, entre 30% e 40% e no feijão, cultura importante na região, estas perdas foram da ordem de 60%.

A estiagem prolongada levou a prefeitura de Pitanga a determinar situação de emergência. De acordo com o presidente do sindicato rural do município, Luiz Zampier, esta foi a pior seca dos últimos 40 anos. “Nossa preocupação é que a soja estamos com uma perda média de 30%. O problema são as obrigações que o produtor tem com investimento em tecnologia, isso implica compromissos”, avalia.

 

Campo Mourão

Em Campo Mourão  a terceira reunião aconteceu na sede da Cooperativa Coamo. Os representantes da entidade apresentaram grande preocupação com a estrutura das empresas seguradoras em relação à quantidade de peritos e a demora na liberação das áreas para que possam ser feitos novos plantios.

De acordo com o presidente executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, até o momento, 52% dos seguros dos cooperados já foram acionados, o que representa R$ 1,2 bilhão.

 

Nos 25 municípios da região a quebra na soja foi superior a 45% e no milho acima de 54%. Segundo o representante da Seab na região, se somar-se a estas as perdas causadas pela seca com o trigo e com o milho safrinha o prejuízo chega a R$ 6 bilhões.

Outra preocupação dos produtores presentes foi a quebra nos campos de sementes por conta da seca. De acordo com a Coamo, com a estiagem, estima-se uma quebra de 20% nas sementes de soja produzidas pela cooperativa.

Roteiro da comitiva

Segunda-feira (10): Guarapuava, Pitanga e Campo Mourão – já aconteceu
Terça-feira (11): Maringá, Umuarama e Palotina– já aconteceu
Quarta-feira (12): Toledo, Medianeira e Missal
Quinta-feira (13): Cascavel e Pato Branco
Sexta-feira (14): Prudentópolis

 

Ministra Tereza Cristina participa de reunião

A presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está programada para o encontro de quinta-feira (13), em Cascavel. O presidente da FAEP, Ágide Meneguette, também participará da reunião neste mesmo dia, assim como outras lideranças políticas do agronegócio nacional.

 

(FONTE: Sistema FAEP)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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