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Estiagem deixa muitos reflexos negativos nas lavouras do Paraguai

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O nosso país vizinho, Paraguai também enfrenta os reflexos da estiagem nas lavouras. A situação é preocupante. Lídio Kunz Schmidt é produtor rural e filho de agricultores paraguaios e mora em Santa Rosa del Monday no estado do Alto Paraná. Em um vídeo gravado para o portal Sou Agro, Lídio mostra a situação atual da lavoura de soja.

Veja o vídeo:

 

Lídio explica que as perdas causadas pela seca são grandes: “Tivemos uma seca muito grande. Uma seca bem bem judiada mesmo. Ficamos vários dias sem chuva. Passando o mês de novembro com 30 milímetros de chuva apenas. Não tivemos uma boa formação de grãos de soja na agricultura. Hoje estamos colhendo uma média de 600 a 800 sacas por hectare aqui no Paraguai.”

Esse reflexos são vistos nos grãos: “Nem semente nada não está dando na lavoura. Aqui eu mostro pra vocês um pouco da semente que está saindo. Bem feinho assim mesmo. O Paraguai hoje já conta com 80%  da área colhida e a quebra está sendo de 65 a 70%”, finaliza Lídio.

 

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Por conta da estiagem, a cidade de Santa Rosa del Monday onde está a propriedade mostrada por Lídio decretou situação de emergência, assim como fez o governo do Paraná e várias cidades do oeste paranaense. Com o documento o município busca conseguir alternativas de diminuir os reflexos negativos que a seca já causou e ainda deve causar ao setor agrícola.estiagem

 

MEDIDAS DO GOVERNO PARAGUAIO

O Paraguai já havia anunciado nesta semana novas medidas para apoiar o setor agrícola, incluindo linhas de crédito para refinanciar dívidas e cortes de impostos, por conta dessa estiagem que afetou a produção do quarto maior exportador de soja do mundo.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo, disse que as novas medidas buscam proporcionar “alívio e previsibilidade” ao setor. O programa, que visa apoiar 21 mil pequenos agricultores, inclui um corte no imposto de renda corporativo no primeiro trimestre e linhas de crédito de refinanciamento de dívidas através do estatal Banco Nacional de Fomento e outras agências estaduais.

O país esperava colher uma safra de cerca de 10 milhões de toneladas de soja em 2021/22, mas alguns produtores alertaram esta semana –menos de um mês antes do início da colheita– que o número provavelmente cairia devido à falta de chuva.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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