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Família que perdeu animais após descarga elétrica permanece sem respostas

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Nesta semana completa um mês que a família Cerbatto de Saudade do Iguaçu, no Paraná, passou por um verdadeiro susto e uma grande perda. Os produtores rurais que vivem da produção leiteira, perderam 19 vacas, algumas prenhas e peixes, após uma descarga elétrica. Tudo teria sido causado por conta de um galho que encostou na rede elétrica. O prejuízo com a perda dos animais é altíssimo, tendo em vista que além da perda dos animais e das crias, nesta data, 11 dessas vacas já estariam produzindo leite na propriedade.

Mas a luta continua e a família permanece no aguardo de uma resposta, afinal as vacas eram de onde era tirado o sustento na propriedade. A filha do seo Sérgio, dono da propriedade, Grasieli Cerbatto, conta que todos estão inconformados com a situação: “A Copel tinha que ter dado um retorno para nós, no dia 5 de setembro e nós não tivemos nenhum retorno. Na primeira questão, eles pediram mais uns laudos dos peixes, aí encaminhamos, mas no sistema está como se estivesse pendente essa documentação, e nós temos a comprovação de que ela foi anexada, pois veio um e-mail para nós”, detalha.

 

Grasieli também diz que já pediu outra forma de contato, mas ainda não conseguiu: “Solicitamos um outro telefone para entrar em contato com o Curitiba, com a central. A pessoa não soube informar, enfim, nós estamos bem revoltados sem ter um retorno da Copel precisando repor o rebanho que é a única atividade que tem na propriedade”, finaliza.

O QUE DIZ A COPEL

A Copel (Companhia de Energia Elétrica) investiga o que pode ter causado a descarga elétrica que acabou na morte dos animais. A Companhia informou ainda que: “O caso por lá ocorreu em 16/08. O prazo para resposta da Copel é de 30 dias a partir da entrada do pedido do cliente, então ainda não transcorreu esse tempo”, finalizou a assessoria.

Os detalhes mais explicados sobre o prazo podem ser acessados por meio de um link enviado pela companhia clicando AQUI.

 

E SE O RESSARCIMENTO DEMORAR?

Mas como a família disse, o ressarcimento é algo que precisa de urgência, afinal a atividade leiteira é o sustento deles. Neste caso fomos falar com um advogado para esclarecer o que deve ser feito em caso de uma demora prolongada para o pagamento dos danos.

“Pelo que vejo, os cabos de energia da Copel fizeram todo esse estrago. Então a responsabilidade de indenização desses animais e também dos peixes que acabaram morrendo, a Copel tem que fazer o levantamento de tudo isso tem que trazer essa essa indenização dos animais por um preço compatível que eles possam repor o plantel e não perder a sua capacidade de produção de leite
ou seja, o mais rápido possível, porque desde já, comprometeu além do abalo moral da família de tamanho susto que devem ter passado esses produtores, vai ter o prejuízo financeiro da perda dos animais e também da capacidade produtiva de leite”, disse o advogado Rogério Silva, especialista em causas rurais.

 

Mas e se o ressarcimento demorar, qual é a orientação para essa família?

“Se isso não for feito de maneira de maneira rápida, o produtor precisa contratar um advogado, buscar essa reparação na justiça dos danos morais, os lucros cessantes pela perda da produção de cada animal desse e a recomposição de toda a sua capacidade de pagamento frente aos bancos, porque geralmente eles tem dívidas de créditos rurais, Os créditos subsidiados e não vão conseguir arcar. Então isso também gera aí o dever do banco diante de um acontecimento desse, de fazer a prorrogação dessas dívidas pelo prazo necessário da recuperação econômica financeira dessa família”, finaliza o Advogado.

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(Débora Damasceno/Sou Agro )

 

(Foto: arquivo pessoal da família)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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