Foto: Shuttestock

Guerra entre Rússia e Ucrânia completa 200 dias com muitos impactos no agro

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Shuttestock

#souagro| Em 24 de fevereiro de 2022, a guerra entre Rússia e Ucrânia começou. E nesta segunda-feira (12), o conflito completa 200 dias de muitos prejuízos ao agronegócio, além das mortes e destruições nos países.

O portal Sou Agro, acompanha todos os impactos no agro desde o primeiro dia, de lá pra cá tivemos muito reflexos, principalmente quando se fala em fertilizantes, afinal o Brasil é um dos principais compradores dos produtos da Rússia e precisou fazer muitas manobras para evitar escassez na agricultura brasileira. Mas não é só isso, também tem o milho, a Ucrânia é responsável pela venda de 17% do milho em todo mercado mundial, perde para o Brasil, Argentina e EUA, mas mesmo assim tem relevância em quantidade de produção. Além disso, o país é um dos maiores exportadores de grãos e óleos vegetais. Ucrânia e Rússia juntas, também são responsáveis por exportar 30% do trigo comprado pelo mundo.

 

HISTÓRICO

Muita coisa aconteceu ao longo desses 200 dias, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), já são mais de 5,5 mil mortos e 7,8 mil feridos. Para o agronegócio, dois dias depois do conflito começar a Bunge, uma das principais empresas de agronegócio e alimentos, líder em originação de grãos, em processamento de soja e trigo e na contratação de frete logístico anunciou o fim das operações e o fechamento dos escritórios na Ucrânia.

Além disso, a Cargill que oferece serviços e produtos alimentícios, agrícolas, financeiros e industriais ao mundo. Juntamente com produtores rurais, clientes, governos e comunidades há mais de 155 anos,  teve um navio atingido por um projétil no Mar negro, na costa da Ucrânia, país onde a empresa opera um terminal de exportação. A informação foi confirmada pela assessoria da Cargill no Brasil, para a jornalista do portal Sou Agro, Débora Damasceno. Sem muitos detalhes, a informação foi de que: “A embarcação da Cargill foi atingida por um projétil em 24 de fevereiro”, disse a assessoria.

 

A guerra também refletiu diretamente na distribuição de alimentos. Para se ter uma ideia, mais de 60 milhões de toneladas da última safra de grãos ficaram sem armazenamento na Ucrânia. Isso ocorre por conta que os portos estão fechados e com isso, só foi possível escoar 5 mil toneladas de grãos, ou seja, sem local para guardar a produção corretamente, mais de 22 mil toneladas dos produtos ficaram se deteriorando.

Claro que essa dificuldade encareceu tudo, subindo os custos de produção e deixando o produto final com preço nas alturas. Inclusive com reflexos nas proteínas animais. Um cenário instável que sempre gera preocupação. O histórico é longo e cheio de reflexos ao agronegócio brasileiro, aqui listamos apenas alguns dos principais.

E DAQUI PRA FRENTE?

Agora, 200 dias depois que a guerra começou, a preocupação principal se mantém com a distribuição de alimentos. Até agora, no fim de julho foi assinado o acordo para retomada das exportações de grãos da Ucrânia, pelo Mar Negro. A informação foi confirmada por autoridades da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Ucrânia. As partes envolvidas chegaram a um acordo e foi assinado o termo. O acordo pode liberar cerca de 18 milhões de toneladas de trigo, milho e outros grãos que a Ucrânia deixou de exportar por causa da guerra contra os russos.

Depois disso, o primeiro navio carregado saiu da Ucrânia no começo de agosto. E alguns dias depois mais três navios carregados com grãos deixaram o país. A partida foi do porto de Chornomorsk, região de Odessa. Os três navios carregam 58 mil toneladas de cereais com destino à Turquia, ao Reino Unido e à Irlanda.

Mas o cenário ainda é de instabilidade e é preciso acompanhar os próximos acontecimentos da guerra para saber os novos impactos ao agronegócio brasileiro.

(Débora Damasceno/Sou Agro )

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