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Por conta da guerra, Brasil busca alternativas para importar fertilizantes

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A Rússia é atualmente uma das maiores fornecedoras de fertilizantes para o Brasil, mas estando em guerra com a Ucrânia, o abastecimento fica ameaçado.  Para evitar que o agronegócio brasileiro fique sem o produto, alternativas já estão sendo estudadas. A Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina falou rapidamente sobre o assunto durante um evento no Ceará. Segundo Tereza o conflito é preocupante, mas o Brasil tem outras alternativas para não ficar sem fertilizantes : “É claro que preocupa porque o Brasil é um grande importador de fertilizantes. Mas o Brasil é um importador de fertilizantes de vários países do mundo. Nós temos que ver o que vai acontecer. Agora, temos outras alternativas para poder substituir se nós tivermos algum problema em algum desses países”

VEJA O VÍDEO DA MINISTRA:

 

Recentemente a ministra esteve no Irã, onde estreitou laços com o país que pode ser um grande aliado quando se diz respeito aos fertilizantes. Na ocasião foi debatido que o Irã poderia triplicar as exportações de ureia para o Brasil podendo chegar a 2 milhões de toneladas ao ano, sendo que atualmente este número é de 600 mil toneladas/ano. A ureia é o fertilizante mais utilizado na agricultura mundial para fornecer nitrogênio para as plantas.  No dia do encontro, Tereza Cristina comemorou essa possibilidade: “Essa garantia de que teremos um volume maior para importar do Irã será muito bom para a agricultura brasileira. A agricultura brasileira precisa cada vez mais de fertilizantes. Em parceria com o Irã, asseguraremos a compra estratégica desses insumos para continuar produzindo mais alimentos, com maior eficiência.”

No evento de ontem a ministra afirmou que ainda existem alguns ajustes com o Irã para que isso se concretize e também apontou o Canadá e o Marrocos como países que poderiam fornecer fertilizantes ao Brasil e  suprir a demanda brasileira.

 

Ainda ontem (24), os militares da Ucrânia suspenderam as operações nos portos por conta da guerra. Para se ter uma ideia, depois do inicio da guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço da ureia no mercado dos fertilizantes subiu 42% e o fósforo, 16%.

A GUERRA AFETA O AGRO: 

Nesta quinta-feira a Rússia começou os ataques na Ucrânia, depois de quatro meses de ameaças. Nós trouxemos aqui no portal Sou Agro os detalhes de como essa crise entre os dois países afeta o agronegócio brasileiro.

Pode parecer que não, mas muita coisa deve sofrer impactos aqui no Brasil. Uma delas é o milho, afinal a Ucrânia é responsável pela venda de 17% do milho em todo mercado mundial, perde para o Brasil, Argentina e EUA, mas mesmo assim tem relevância em quantidade de produção. Além disso, o país é um dos maiores exportadores de grãos e óleos vegetais. Ucrânia e Rússia juntas, também são responsáveis por exportar 30% do trigo comprado pelo mundo.

Mas não para por aí, essa guerra deve afetar também o fornecimento e preços do petróleo e alimentos e até mesmo na inflação brasileira.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro com agências)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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