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Conheça a horta orgânica que é referência de produção no Oeste do Paraná

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Assis Chateaubriand é uma cidade no Oeste paranaense com pouco mais de 30 mil habitantes, mas com grande atuação no agronegócio. A história de hoje é sobre a horta do Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Os legumes, verduras e hortaliças enchem os olhos de quem visita o espaço, afinal são 16 canteiros cuidadosamente cultivados por quem cuida da horta. Pela foto abaixo é possível entender um pouco mais do que estou dizendo e todo esse trabalho se tornou um grande exemplo. E essa fama da horta já dura mais de 20 anos: “A horta é o cartão-postal do CTA. Quem vem de fora, fica admirado, quer saber, pergunta como é”, diz o auxiliar de serviços do SENAR-PR, Reginaldo Paixão, um dos responsáveis pelo espaço.  Ele acrescenta ainda que tem um ingrediente fundamental para este resultado: “Tudo é feito com amor. Se fizer com amor, se gostar do que se está fazendo, as coisas saem bem. Assim tem sido”.

 

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Reginaldo Paixão conta com outros dois colaboradores do SENAR-PR para manter tudo em ordem: Jackson Fábio de Almeida e João Dias de Lima. Todos são formados em diversos cursos da própria entidade.

“Há 14 anos, quando comecei a trabalhar no CTA, eu não entendia nada de horta. Fiz os cursos e fui aprendendo. A gente está sempre aplicando, com capricho, o que aprende. O resultado está aí. Tanto que muita gente de fora vem querer tirar dúvida, aprender como faz para ter uma horta assim”, conta João.

 

A horta é 100% orgânica, o adubo é natural, feito com esterco animal. O controle de pragas e insetos é feito apenas com produtos naturais, sem nenhuma aplicações de químicos. E isso requer ainda mais dedicação de quem cuida da horta, mas é recompensador.

“Nós não passamos uma gota de produto químico. Aí, [o controle] tem que ser na mão, mesmo. Tem que ficar de olho nos insetos”, observa Jackson. “Esses dias, tivemos visita de uma escola e as crianças ficaram encantadas. Colhemos alface e elas comeram na hora. Já vai pegando amor pelo que vem da terra”, acrescenta.

Referência na região

A horta tem três tipos de alface, almeirão, chicória, rúcula, alho-poró, repolho, beterraba, couve-chinesa, rabanete, salsinha, jiló, cebolinha, entre outras. Hoje, a horta do CTA se tornou referência regional. Muitas das técnicas adotadas pelos colaboradores servem de modelo para quem quer cultivar legumes, verduras e hortaliças em casa ou na propriedade. E são medidas simples: a rotação do local de plantio das variedades, a mudança dos canteiros e a adubação, por exemplo. “Muita gente vem copiar o nosso modelo de irrigação. Eles vêm ver os tipos de bicos de que a gente usa e tentam implantar. É tudo coisa simples, de custo baixo, mas que dá resultado se a pessoa fizer direitinho”, observa Paixão.

 

Autossuficiência

O cultivo da horta famosa começou em 2000 com sete canteiros, mas como foi possível observar a produção teve um grande crescimento e hoje já o CTA se tornou autossuficiente em verduras, legumes e hortaliças. Então mesmo quando há realização de cursos, nada precisa ser comprado, tudo é utilizado da própria hoje.

“Nós só compramos no mercado o que não produzimos aqui. A horta é um cartão de visitas. Nós mostramos que empregamos dentro de casa o que ensinamos o produtor a fazer em sua propriedade. É difícil quem passe por ali e não queira tirar foto. Até instrutores querem tirar foto na nossa horta”, diz, orgulhosa, a administradora do CTA, Viviane Beitum da Silva. “Na região, muita gente alega que não faz horta porque não dá para cultivar sem agroquímicos. A gente prova que é possível. Aqui é tudo orgânico”, ressalta.

 

E além de ser usado de alimento no CTA, a produção é tão grande que muita gente leva produto pra casa, já virou padrão os instrutores, visitantes ou funcionários levarem uma sacolinha cheia de orgânicos pra casa.

“Como sempre sobra, eu levo um pouquinho de cada coisa. Até rabanete, que a gente não tinha costume de comer em casa, passamos a consumir. Por ser orgânico, parece que até o sabor é diferente”, conta Viviane.

Orgulho dos resultados

Quem coloca a mão na terra para deixar a horta farta desse jeito, tem orgulho do próprio trabalho. Os três responsáveis pelo cultivo não escondem a satisfação. “Eu sou suspeito para falar, mas é uma alegria imensa. O povo vem, olha, comenta, tira foto. A primeira coisa que as pessoas veem no CTA é a horta”, diz Almeida. “A gente capricha, procura deixar a horta sempre bonitona. Então, a gente fica feliz quando os visitantes gostam, elogiam”, aponta Dias Lima. “A horta é mais que um trabalho. É nosso orgulho. A gente faz com muito amor”, define Paixão.

(Débora Damasceno/Sou Agro com informações do Senar)

 

(Foto: Senar)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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