Saiba quais os cuidados com o trigo na fase de desenvolvimento vegetativo

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

#souagro| Alguns cuidados são essenciais com o trigo na fase de desenvolvimento vegetativo. E esta é a fase da cultura nesta época na maior parte das lavouras da região Sul. Então, o momento é de acompanhamento das lavouras para fazer o melhor controle de doenças, especialmente manchas foliares e oídio. O alerta é da Embrapa Trigo.

“O clima é fator determinante para a incidência de doenças. O tempo seco vai favorecer oídio e viroses, enquanto a umidade favorece fungos e bactérias”, explica Cheila Sbalcheiro, fitopatologista da Embrapa Trigo.

 

De acordo com a fitopatologista, o sucesso da lavoura depende de decisões assertivas do produtor. Não basta a escolha certa do defensivo, é preciso acertar também o momento de aplicar e contar com condições climáticas favoráveis para fazer a aplicação. “O cuidado com o oídio nos períodos mais secos e com as manchas foliares após dias consecutivos de chuva exige maior atenção do produtor nesta fase inicial do trigo, já que estas doenças evoluem muito rápido e, caso não controladas, certamente vão impactar no rendimento final da lavoura”, diz Cheila.

Ela explica que as plantas precisam de tecido verde para garantir a produtividade, mas como os fungos causam lesões nas folhas, tendem a comprometer a área de fotossíntese, limitando o potencial de crescimento e reprodução da planta.

 

Nas condições de cultivo do trigo na Região Sul, as principais doenças são manchas foliares, oídio, ferrugens e giberela. A melhor alternativa para minimizar os problemas com doenças começa na escolha da cultivar. “É preciso escolher cultivares com o maior conjunto de resistência a diferentes doenças. Caso não seja possível, tentar verificar a previsão climática para antecipar o risco de determinadas doenças naquele ano e, ainda, investir na diversidade de cultivares contemplando o maior número possível de resistências para reduzir as perdas generalizadas”, orienta Cheila.

 

Adubação

Manter o equilíbrio na adubação nitrogenada pode ajudar na sanidade da lavoura. Baixa adubação, deixa a planta debilitada, com pouca energia para reagir a entrada de patógenos necrotróficos, que causam a morte do tecido foliar, caso das manchas foliares e bacterioses. Por outro lado, adubação nitrogenada em excesso acelera a formação de tecido verde, deixando um “prato cheio” para fungos.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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