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Onda de calor na Europa deve afetar produção agrícola

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Nos últimos dias a Europa tem vivido uma nova onda de calor com temperaturas altíssimas e tempo muito seco. Com registros acima dos 40°C, muitos países já sentem os reflexos disso, com incêndios e sobrecargas nos setores de energia e abastecimento de água.

O Reino Unido por exemplo bateu um recorde histórico de temperatura nesta terça-feira (19) com termômetros registrando 40,2°C, segundo o serviço nacional de meteorologia (Met Office). A França e Itália também passam por um cenário parecido. Em Portugal e na Espanha já há registros de milhares de mortes causadas pelo calor.

 

Trazendo essa situação para o lado do agronegócio, a preocupação também é grande. A associação de agricultores italianos Coldiretti por exemplo, estima que a produção de trigo vai cair 15% no país. Os incêndios também causam muita destruição nas áreas de plantio.

Crise alimentar mundial

Um relatório da Organização Mundial de Meteorologia divulgado nesta terça-feira (19), mostra que essas ondas de calor excessivo, vão ocorrer com cada vez mais frequência até 2060, o que deve refletir diretamente na crise alimentar mundial.

 

“Esperamos ver grandes impactos na agricultura. Durante as ondas de calor anteriores na Europa, perdemos grande parte da colheita. E na situação atual — já estamos tendo a crise alimentar global por causa da guerra na Ucrânia — essa onda de calor terá um impacto negativo adicional na atividade agrícola”, alertou Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.

Maria Neira, diretora de saúde pública e ambiental da OMS, demonstrou preocupação com o acesso aos alimentos e também com a distribuição de água: “Haverá escassez de água com certeza”, afirmou.

 

A distribuição de energia também está em cheque, a infraestrutura europeia já vinha enfrentando dificuldades por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, agora opera no limite para manter o fornecimento sob controle conseguir atender a demanda.

(Débora Damasceno/Sou Agro com agências)

 

(Foto: Reuters)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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