CNA discute indicações geográficas e negócios para o café

Emanuely
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#sou agro| A Comissão Nacional do Café da CNA se reuniu, na terça (23), para discutir, entre outros temas, o desenvolvimento do sistema digital para Indicações Geográficas (IGs), questões trabalhistas e a 2ª edição do Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados da CNA.

Foi o primeiro encontro sob a coordenação do novo presidente da Comissão, Fabrício Teixeira Andrade. Ele afirmou que sua intenção é trabalhar para que o colegiado seja mais do que uma representação, mas “uma prestação de serviços e utilidade direta para os produtores”.

Um dos itens da pauta foi a plataforma para as IGs do café. A assessora técnica Marina Zimmermann e representantes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Sebrae, apresentaram o projeto de criação da ferramenta digital para controle, rastreabilidade e qualidade dos cafés especiais.

Segundo Marina, a iniciativa surgiu dentro do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais da CNA e o café foi escolhido por ser um produto com maior número de indicações geográficas: são 13 registradas e 11 em estruturação.

Com a plataforma digital, CNA, Sebrae e ABDI querem levantar quem são e onde estão os produtores, compradores e exportadores de cafés especiais de origem controlada no Brasil, qual a produção anual desses cafés por região e quanto o país exporta.

Das IGs brasileiras, 92% aderiram ao projeto, que representam 187.848 produtores rurais em 369 municípios nos estados de Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Rondônia. O projeto está dividido em cinco etapas e a expectativa das entidades é concluir o sistema em março de 2024.

Já o coordenador da Comissão Nacional de Relações do Trabalho e Previdência Social da CNA, Rodrigo Hugueney, falou sobre os tipos de contrato de prestação de serviços na cafeicultura e destacou a participação da confederação em um grupo de trabalho criado pelo governo federal para discutir medidas de adoção de boas práticas trabalhistas na cadeia do café.

Sobre a 2ª edição da Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados da CNA, a assessora técnica da comissão, Raquel Miranda, falou que o foco desse ano será a diversificação de canais de comercialização para os produtores rurais, além de promover encontros com parceiros para a venda da produção com maior valor agregado.

“Ano passado as negociações fomentadas através desta iniciativa, ultrapassaram R$150 mil, inclusive com exportações diretas celebradas pelos produtores. Para edição de 2023 a ideia é criar ainda mais oportunidade de marketing e visibilidade aos pequenos e médios produtores”, disse.

O evento acontece durante a Semana Internacional do Café em novembro, em Minas Gerais. As inscrições para o Cupping começam em julho.

(Com CNA)

(Emanuely/Sou Agro)

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