ESPECIAIS
O brasileiro está consumindo mais peixes
O mês de março marca uma forte tendência de aumento no consumo de peixes, principalmente pela tradição alimentar da Semana Santa. Em todas as Centrais de Abastecimento (Ceasas), a variação positiva entre os meses de fevereiro e março é bastante significativa. É o que aponta o 4º Boletim Prohort, divulgado nesta terça-feira (19) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em edição especial que inclui uma análise detalhada sobre a produção e o mercado nacionais de pesca e aquicultura.
Esta edição do Boletim Prohort detalha os números e as características da cadeia produtiva do peixe, passando pela caracterização dos estabelecimentos aquícolas, da frota pesqueira nacional, do perfil dos pescadores profissionais brasileiros e pelos principais produtos pesqueiros comercializados nas Ceasas. “O mês de março apresenta um aumento histórico e significativo no consumo nacional de pescado, o que impulsiona a necessidade de informações sobre o setor e por isso decidimos montar esta edição especial em parceria com a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP)”, explica Marisson Marinho, gerente substituto de Produtos Hortigranjeiros e da Sociobiodiversidade da Conab.
Segundo dados mais recentes, a produção declarada de peixes em Águas da União em 2020 foi 16% superior ao registrado no ano anterior, com 71.512 toneladas. O principal recurso produzido foi a tilápia, que representou 98% do volume total, seguida das espécies pacu, tambaqui, tambacu e piauçu.
O Brasil conta com 26.773 embarcações de pesca das mais diversas modalidades, além de 975.994 pescadores profissionais registrados, classificados entre artesanais e industriais, de acordo com o tamanho da produção e as técnicas empregadas. Na aquicultura – compreendida como o cultivo de organismos em meio total ou parcialmente aquático –, o Brasil tem 34.354 registros. Os dados foram extraídos do Sistema Informatizado do Registro Geral da Atividade Pesqueira (SisRGP).
Quanto ao sistema de produção, 58% dos estabelecimentos registrados no Brasil são de produção semi-intensiva. Dentre os estados, Santa Catarina destaca-se com o maior número de estabelecimentos. A atividade da aquicultura que envolve o maior número de trabalhadores é a piscicultura (86% dos aquicultores), seguida da carcinicultura (7%).
O diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen, comenta que “os dados sobre a produção e o setor de aquicultura e pesca do Brasil estão hoje concentrados na Conab e na Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por isto essa parceria é fundamental na geração das informações que o mercado necessita e que esta edição especial do boletim entrega à sociedade”.
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