Porto de Paranaguá é modernizado para atender a demanda

Débora Damasceno
Débora Damasceno

O lado Oeste do Porto de Paranaguá recebe obras e investimentos públicos e privados, mudando uma história que se arrastava nos últimos anos. O silinho, estrutura obsoleta, está totalmente demolido, o novo terminal de celulose está quase pronto e a nova estrutura de carregamento de granéis por esteiras transportadoras, também. Essa ponta da faixa portuária se desenvolve para atender a demanda do mercado e gerar emprego e mais renda para a região.

Por muito tempo, o lado Oeste do porto ficou esquecido, lembra Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná. Segundo ele, as ações e atenções eram voltadas para o lado Leste, onde fica o Corredor de Exportação. “Desde o início da atual gestão voltamos nossos olhares para o outro lado”, afirma Garcia.

Primeiro, houve o repotenciamento e a ampliação do berço 201. Na sequência, foi licitada em leilão a área, hoje ocupada pela Klabin. Houve, ainda, a demolição de estruturas que não eram mais compatíveis com a produtividade e eficiência atuais do porto. “Temos ainda o crescimento de dois novos terminais a Oeste. Enfim, é uma nova realidade, o porto sendo colocado em sua plena capacidade para atender essa demanda cada vez mais crescente”, afirma o diretor-presidente.

 

O silo vertical localizado no lado Oeste do cais, conhecido como silinho, foi construído em 1973, ficava em área nobre de mais 2 mil metros quadrados e estava obsoleto, em desuso desde 2009. Garcia explica que o local dará espaço para ampliação da capacidade operacional do porto. Um investimento de R$ 3,47 milhões.

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A nova estrutura de carregamento de granéis por esteiras transportadoras é um investimento privado da empresa Paraná Operações Portuárias (Pasa). Nessa primeira fase do projeto de expansão, que deve ser concluída até fevereiro de 2022, a empresa constrói uma nova linha de embarque e pretende instalar um novo shiploader (equipamento utilizado para carregar navios) para movimentar até 2,5 mil toneladas/hora.

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A segunda fase, para o próximo ano, prevê a edificação de um novo armazém com capacidade para 60 mil toneladas de açúcar ou de 45 mil toneladas de outros granéis sólidos. No total, serão R$ 117,7 milhões de investimentos que devem aumentar a capacidade do terminal, passando de 3,6 milhões de toneladas/ano, para 6,7 milhões de toneladas/ano.

Sandro Ávila, diretor de Planejamento Operacional, Logística e Suprimentos da Klabin, explica que a empresa está finalizando o terminal de celulose a Oeste da Faixa portuária, um investimento de mais de R$ 120 milhões. Ele destaca a harmonia com que a transformação vem acontecendo, com três obras ao mesmo tempo.

 

A nova estrutura de transporte dos granéis da Pasa, por exemplo, passa por dentro do terminal da Klabin. “É um trabalho em harmonia muito grande com a comunidade portuária, principalmente com a Portos do Paraná. A administração sempre nos deu muito apoio na harmonização de todos os entes de coalizão que exploram o porto”, afirma.

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Ainda segundo Ávila, a rede de apoio se formou, também, entre as equipes de engenharias das obras, inclusive das outras empresas. “Um fato importante é a compatibilização das obras como a nossa empresa parceira, a Pasa, que também está desenvolvendo uma ampliação, e comunga do mesmo espaço”, conta.

Ávila lembra, ainda, que o apoio da autoridade portuária com a agilidade na demolição do silinho também foi fundamental. “Era uma obra da qual dependíamos para fazermos esse terminal. Foi um processo também que andou muito rápido, com uma capacidade e eficiência muito grande de demolição”, completa.

(Fonte: AEN)

 

Fotos: Claudio Neves/Portos de Paranaguá

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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