soja

Soja: produtores estão otimistas com resultados

Débora Damasceno
Débora Damasceno
soja

#souagro| A produção da primeira safra 2021/22 de grãos no Paraná já está em fase final. Falando especificamente da soja, 95% da área prevista já está plantada nas propriedades paranaenses com 96% de condição boa e 4% média, segundo o Deral (Departamento de Economia Rural).

A produção do grão deve chegar a 20,8 milhões de toneladas na safra 2021/2022, 5% superior à do ciclo passado. Já a área é estimada em 5,5 milhões de hectares, 1% maior. O engenheiro agrônomo Guilherme de Oliveira que atua na região norte do Paraná afirma que as expectativas são positivas:  “Esse ano estamos bem otimistas, o ano tem se mostrado favorável em relação ao ano passado, muitas vezes conseguimos um plantio antecipado, mas em 2020 com o longo período de estiagem na época tivemos atraso no plantio e a própria dessecação. ”

VEJA O VÍDEO:

As condições climáticas dos últimos meses foram importantes para o resultado atual na região, como explica Guilherme:  “Esse ano tivemos chuvas em setembro e outubro então começaram com dessecações melhores, um plantio bom. A soja em um modo geral vem se desenvolvendo bem, então eu falo para os produtores que já vamos começar o ano com o pé direito. Uma safra bem feita, ela já começa bem desde o plantio para que o final seja de bons resultados. ”

ESTIAGEM PREOCUPA

Uma grande preocupação agora é o fenômeno La Niña que deve influenciar as condições climáticas pela segunda safra seguida. Depois de afetar o desempenho das lavouras de soja no último verão e de milho safrinha e trigo no outono/inverno, o resfriamento das águas do Oceano Pacífico deve interferir no regime de chuvas durante a temporada 2021/22.

Consórcio de grãos com forrageiras controla plantas daninhas na soja

O risco é de estiagens regionalizadas no centro-sul do Brasil. “As chuvas ficarão abaixo do normal e muito mal distribuídas. A irregularidade das chuvas vai ser a principal marca da safra”, alerta Ronaldo Coutinho do Prado, da Climaterra.

Clique e siga o portal Sou Agro no Instagram

Períodos mais chuvosos de até duas semanas deverão se alternar com intervalos mais longos de tempo seco. As águas do Oceano Atlântico deverão se manter entre neutras e levemente frias até o final de ano e não terão força para amenizar o resfriamento mais acentuado do Pacífico, que costuma reduzir as chuvas no Sul.

O Atlântico só deverá começar a se aquecer em 2022, quando deverá aumentar a frequência das chuvas, com possibilidade de, até mesmo, atrapalhar a colheita da soja. “Vai ser um ano complicado, com problemas por falta e por excesso de chuvas”, adverte Coutinho.

OPÇÃO PARA MELHORIA NAS LAVOURAS

O engenheiro agrônomo Guilherme de Oliveira explica que uma grande opção para melhoria nas lavouras da região é a adubação verde, que é uma técnica de cultivo de plantas que vão se tornar adubo para outras plantas, cultivadas em rotação, em sucessão ou mesmo em consórcio com culturas comerciais: “é uma tecnologia que vem para agregar na agricultura. Às vezes o produtor está na dúvida se vai fazer o plantio do milho safrinha, ou plantar trigo no inverno. Então é uma condição que vem ajudar na estruturação de solo para poder melhorar a compactação de solo, por ser mais pesado e ardiloso. ”

Adubação verde é ótima alternativa para recuperação de áreas

As plantas daninhas também são uma grande preocupação nas lavouras, por isso a utilização dessa adubação verde é uma ferramenta tão importante: “Ultimamente as o manejo de plantas daninhas está um pouco mais complicado, esse tipo de manejo vai auxiliar. Também para próxima cultura que vai receber um solo melhor para produção”, finaliza o engenheiro agrônomo.

Clique e faça parte do grupo de WhatsApp do Sou Agro

(Débora Damasceno /Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas