ADUBAÇÃO

Adubação verde é ótima alternativa para recuperação de áreas

Débora Damasceno
Débora Damasceno
ADUBAÇÃO

#souagro| Você já ouviu falar em adubação verde? Essa é uma tendência para ser utilizada nas áreas de produção. Por conta dos fortes aspectos de sustentabilidade e também porque pode reduzir o uso dos fertilizantes químicos, que estão com preços recordes. A técnica agrícola visa a recuperar áreas degradadas e melhorar a fertilização do solo.

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No Norte paranaense, o método ainda é pouco usado, por conta disso, o AgroGalaxy, representado na região pela Agro100, em parceria com a Sementes Piraí, promoveu palestras em Londrina, Bandeirantes e Bela Vista do Paraíso para estimular o uso da “Adubação Verde”.

Benefícios

A adubação verde é uma técnica de cultivo de plantas que vão se tornar adubo para outras plantas, cultivadas em rotação, em sucessão ou mesmo em consórcio com culturas comerciais. Mas os efeitos, não se limitam à oferta de nutrientes para outras plantas.

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A técnica agrícola tem eficácia comprovada no controle de nematóides, na redução também de outras doenças e pragas, diminui a infestação de ervas daninhas, age na descompactação de solos, promove a fixação biológica do nitrogênio e a liberação de fósforo para as plantas, além de reduzir a amplitude térmica do solo, evitar erosões e intensificar a atividade biológica nas áreas de plantio.

“As plantas denominadas ‘adubos verdes’ têm características recicladoras, recuperadoras, protetoras, melhoradoras e condicionadoras de solo, englobando diversas espécies vegetais”, esclarece José Donizete,  engenheiro agrônomo que também chama a atenção para o papel das leguminosas que fornecem nitrogênio retirado diretamente da atmosfera, sequestrando carbono e reduzindo a necessidade de adubos nitrogenados. Esse é um benefício sentido pelos produtores diretamente no bolso, sobretudo neste ano em que os fertilizantes químicos estão com preços recordes.

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Segundo a empresa, essa inclusão da adubação verde faz parte do compromisso de oferecer ao produtor rural soluções que promovam ganho de produtividade aliado à sustentabilidade da produção. Atualmente, poucos produtores do Norte Pioneiro fazem adubação verde. O que se tem de mais próximo é o plantio, em pequenas áreas, apenas de aveia ou nabo forrageiro como planta de cobertura. Os benefícios desta prática são bem menores que os do mix de sementes, manejados conforme as técnicas de adubação verde propriamente. E segundo a empresa é preciso uma força-tarefa de empresas e técnicos junto aos produtores paranaenses para buscar essa excelente forma de aumentar a cobertura das áreas de plantios.

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“Ano após ano, produtores da nossa região cultivam apenas grãos, intercalando soja/milho ou trigo. São poucos os que optam ao menos por cobertura de inverno. Vemos que alguns solos estão se esgotando. A adubação verde ainda não faz parte da cultura desses produtores, mas ao tomarem conhecimento dos seus benefícios, muitos farão o investimento, pois se trata de cuidado com a terra e sua sustentabilidade”, afirma o gerente técnico, Erich dos Reis Duarte.

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A adubação verde é amplamente usada por usinas de cana-de-açúcar no estado de São Paulo e também em algumas regiões de grãos no Centro-Oeste.

Produção no norte pioneiro

Composto por 46 municípios, a região do Norte Pioneiro Paranaense gerou só com a agropecuária receita de R$ 9,89 bilhões em 2020, aumento de 20% em relação a 2019, segundo o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), divulgado em setembro pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab). “Entretanto, a região ainda tem muito espaço de melhoria,”, afirma Sheilla Pereira Albuquerque, vice-presidente de Operações Sul/Sudeste do AgroGalaxy.

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(Débora Damasceno/Sou Agro com Assessoria)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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