Insumo elevado esmaga a margem de lucro dos suinocultores

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

Os insumos impactaram diretamente no custo de produção da atividade, pois na composição dos custos variáveis, a alimentação é o principal componente de custos na suinocultura. No oeste e sudoeste do Paraná, por exemplo, os gastos com ração representam mais de 60% na maioria das modalidades analisadas pelo levantamento do Sistema Faep/Senar-PR.

O mês de agosto chega com a expectativa de que produtores de suínos cheguem a um consenso em torno de um percentual de reajuste que leve em conta a alta nos custos de produção e o expressivo aumento dos gastos com mão de obra, manutenção, despesas administrativas, Equipamentos de Proteção Individual e transporte, além dos investimentos feitos pelos produtores para atender ao Bem-Estar Animal e à Biosseguridade nas granjas.

Reuniões estão agendadas para analisar a planilha de custos em busca de se definir um reajuste que leve em conta a elevação dos custos de produção, que está esmagando a margem e deixando os integrados preocupados com os rumos da atividade. Uma reunião nesse sentido já está marcada para o dia 12 de agosto, em Toledo.

No caso de Unidades de Produção de Leitões e das Unidades de Produção de Leitões Desmamados, os produtores vêm tratado do assunto com mais intensidade desde novembro do ano passado, segundo o coordenador da Cadec dessas unidades, Miguel Thomas, ligada à uma das agroindústrias que atua nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. “Não temos conseguido avançar na definição de uma recomposição de valores que atenda as necessidades dos produtores e que faça frente à essa elevação dos custos de produção, especialmente pela alta nos preços dos grãos que elevou os custos com ração, assim como do aumento dos demais custos variáveis desembolsados pelos produtores e que representam o maior impacto na formação dos custos. Além disso, é preciso que se analise com mais atenção os custos com a depreciação de equipamentos e edificações e, ainda, a remuneração do capital investido na atividade”, aponta o produtor, que representa o pensamento dos demais integrados dessas unidades.

O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir Dariva, observa que “tanto na suinocultura pelo sistema de integração, quanto no mercado independente, a cadeia se mantém otimista em relação aos próximos anos, diante do recente reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação e de Peste Suína Clássica (PSC) pela Organização Mundial de Saúde Animal”. Para o presidente da APS, “o novo status sanitário do Paraná promete a abertura de novos mercados para o estado, que remuneram melhor pela carne suína que produzimos com base nas melhores condições de segurança alimentar e de biosseguridade. Isso sem contar que a Peste Suína Africana na China deve continuar repercutindo nas importações daquele país, que vão continuar aquecidas ainda por um bom tempo”, conclui Dariva.

 

Fonte: APS

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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