Biossegurança é antídoto contra Peste Suína Africana

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti

 

#souagro | Como não poderia ser diferente, o Paraná já está de olhos bem abertos quanto aos registros dos dois focos de Peste Suína Africana registrada na República Dominicana. Em entrevista por telefone ao jornalista Vandré Dubiela, do Portal Sou Agro, o diretor-presidente da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), Otamir Cesar Martins e o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, já são uníssonos ao afirmar que apesar da distância, o ressurgimento da Peste Suína Africana nas Américas leva o Paraná a intensificar a fiscalização que já é extremamente rigorosa. “Temos que estar atentos e adotar todas as medidas cabíveis”, alerta Otamir Martins, diretor-presidente da Adapar.

A OIE (Organização Internacional das Epizootias) emitiu alerta aos 180 países membros, entre os quais o Brasil, envolvendo os focos de Peste Suína Africana na República Dominicana.

“Coincidentemente, o Ministério da Agricultura iniciou na mesma semana do caso registrado na República Dominicana, o Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos, buscando o fortalecimento da detecção e prevenção de casos de Peste Suína Clássica, Peste Suína Africana e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS).

Na transição dos anos de 1970 a 1980, o Brasil registrou milhares de casos de Peste Suína Africana e erradicou a doença em 1984. “No Paraná, a suinocultura foi praticamente devastada”, comenta Rafael Gonçalves Dias. Os sintomas nos animais são hemorrágicos, causando a mortandade dos suínos.

O suinocultor tem duas missões importantes neste processo, conforme a Adapar. A primeira, é continuar investindo em biossegurança na propriedade, seguindo o exemplo da avicultura brasileira, que é referência mundial em sanidade. Hoje, o plantel paranaense de suínos é de 6,5 milhões de animais distribuídos em 5,5 mil propriedades. O Paraná é o segundo estado em plantel de suínos do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina. “O Paraná responde por 21% do abate de suínos do País, já Santa Catarina, tem 30% do abate brasileiro”, comenta Rafael Gonçalves Dias. Em relação à exportação, 13% do total enviado para fora do Brasil é do Paraná e de Santa Catarina, 51%. O Paraná exporta carne suína para Ásia (800 mil toneladas/ano), América, África e Oriente Médio.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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