Provas de avaliação de desempenho são ferramentas para melhoramento genético de bovinos

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

Uma das ferramentas utilizadas para o melhoramento genético de bovinos são as provas de avaliação de desempenho. Com a PEG (Prova de Emissão de Gases), a Embrapa Pecuária Sul passa a realizar três tipos de provas de desempenho, sempre em parceria com associações de raças de bovinos.

Essas provas foram introduzidas no Brasil, na década de 1950, no interior de São Paulo. A Embrapa Pecuária Sul realiza provas de avaliação de desempenho há mais de 30 anos, testando reprodutores jovens de diferentes raças taurinas nos campos experimentais do centro de pesquisa em Bagé (RS).

 

Nessas provas, animais de idades similares e de criatórios diferentes são testados em um mesmo ambiente, com iguais condições de manejo e alimentação, para se avaliar características genéticas de interesse para os produtores. O objetivo é identificar animais com atributos superiores, proporcionando melhoramento das raças de uma forma mais  rápida. “A comercialização do sêmen desses animais aumenta a capilaridade da difusão de bovinos de genética superior e, com isso, o desenvolvimento de linhagens melhoradas. Além disso, os produtores utilizam esses reprodutores para melhorar os seus rebanhos”, relata Roberto Collares, analista da Embrapa e coordenador das provas.

Além da PEG, a Embrapa realiza outros dois tipos de testes: Prova de Avaliação a Campo (PAC) e Prova de Eficiência Alimentar (PEA). Nas PACs, reprodutores jovens de diferentes criatórios são submetidos a condições iguais de manejo. Segundo o pesquisador Marcos Yokoo, o objetivo é obter dados homogêneos desses animais, eliminando fatores ambientais, ou seja, sem a interferência do homem.

 

“Essa é a importância das provas de desempenho;  conseguimos controlar o ambiente e garantir que todos os animais tenham realmente o mesmo tratamento. Já nas propriedades, como há diferenças no tratamento, fica mais difícil essa comparação”, pontua.

Nas PACs são avaliadas diferentes características dos animais, como ganho de peso, camada de gordura subcutânea, gordura intramuscular, perímetro escrotal, conformação, padrão racial e sexualidade. Algumas dessas medidas são obtidas por ultrassom, especialmente as características que não são possíveis de serem verificadas por meio visual.

 

Já na PEA são avaliadas duas medidas básicas, o ganho de peso residual e o consumo alimentar residual (CAR). Com a aferição desses índices, é possível identificar aqueles animais mais eficientes na utilização do alimento e selecioná-los para a transmissão dessas características a suas progênies. “O que é interessante para a pecuária de corte é identificar os animais que consumam menor quantidade de alimentos e ganhem maior quantidade de peso”, conclui Yokoo.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa)

Foto: Embrapa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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