De olho no futuro: Cascavel terá Feira Paranaense de Energias Renováveis
#souagro| Quando se fala em energias renováveis, já sabemos que é sobre visão de futuro. O Brasil atua para se tornar modelo em eficiência energética para o mundo e o Paraná está junto nesta caminhada.
E é justamente por isso que a AREAC (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), juntamente com a FEAPR (Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná), IDR-Paraná, Sistema FAEP, Sindicato Rural de Cascavel e Codesc (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Cascavel), realizam nesta sexta-feira (2 de setembro), o lançamento oficial da Feira Paranaense de Energias Renováveis, evento este que ocorrerá de 26 a 28 de outubro, no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, das 14h às 21h.
A Segurança Energética Regional será o tema do Tendências Codesc. O Conselho vai participar da programação em um painel na tarde do dia 28 de outubro, às 14h. O primeiro dia será dedicado a palestras sobre energia solar. No segundo dia de evento, será a vez de debater temas relacionados à energia de biomassa e no terceiro e último dia, as palestras serão ministradas por empresas participantes e Codesc, com o objetivo de demonstrar a viabilidade financeira das energias renováveis. A feira reunirá produtores rurais, comerciantes e consumidores em geral.
Para o presidente da AREAC, Engenheiro Agrônomo Cesar Veronese, a feira será uma oportunidade singular a empresários, produtores e público em geral, de conhecer por meio de palestras técnicas e estandes, todo o potencial deste segmento no Brasil. “Será um grande marco para Cascavel e ao Paraná na utilização dessas energias sustentáveis”.
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Para Rafael Cândido da Silva, diretor de uma empresa de energia solar em Cascavel, é fato que o planeta vive um momento de preocupação com a sustentabilidade e o aquecimento global, fatores que precisam ser levados em consideração. “As energias renováveis têm papel fundamental para fazer frente a esse cenário de aquecimento. A energia solar é uma das fontes que mais pode trazer resultados a curto e médio prazos, por trata-se de uma das alternativas mais fáceis e rápidas de ser implantadas”. Sem dizer que a energia solar se tornou competitiva na questão envolvendo o aporte de investimento. “O agronegócio abraçou de vez a energia solar, gerando resultado surpreendentes ao homem do campo, principalmente no quesito economia”.
A sustentabilidade deixou de ser um mote de campanhas publicitárias para virar realidade no Brasil. Dentro deste pensamento, o setor de energias renováveis é um dos mercados que mais se desenvolve no Brasil, devido à diversificação de vertentes. São exemplos de fontes renováveis a hídrica (água dos rios), solar, eólica (ventos), biomassa (matéria orgânica), geotérmica (interior da Terra) e oceânica (marés e ondas).
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O clima vem ficando cada vez mais instável por conta do aquecimento global, fruto da emissão de gases poluentes. A primeiro sinal deste impacto é sentido nos polos, por conta do aumento da temperatura da terra influenciando no degelo de grandes blocos. As estações do ano também estão mais longas e estáveis.
As energias alternativas se constituem no uso de recursos naturais disponíveis em abundância e ciclicamente renovados pela natureza. As energias limpas geram menor impacto no meio ambiente, em comparação com as fontes convencionais e produzem menos GEE (Gases de Efeito Estufa). Para se ter uma ideia do potencial de energia solar, segundo estimativas, se toda a energia do sol pudesse ser aproveitada, ela seria capaz de gerar mais de 1.800 vezes a energia consumida no mundo.
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O evento em Cascavel ocorrerá em um momento em que o Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 18 gigawats de potência instalada de energia solar. Conforme recente mapeamento, de janeiro a agosto deste ano, a energia solar cresceu 38,4%. A energia solar já é a terceira matriz energética da matriz elétrica brasileira.
Por sua vez, a energia hídrica utiliza como fonte as águas dos rios. É a energia potencial da água em movimento, que também pode ser acumulada no reservatório da hidrelétrica. Um bom exemplo é a Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu. É captada por meio de gigantescos e potentes geradores que transformam a energia mecânica em elétrica.
Atualmente, a energia gerada por meio de biomassa corresponde a 8,8% do total da matriz energética brasileira. No planejamento de acréscimo de potência em megawatts ao sistema até o ano de 2028, a fonte por biomassa supera a expectativa de incremento de fonte por hidrelétrica, que não deve passar de 1.406,14 MW. O maior incremento deverá vir das fontes eólicas (13.123,78 MW) e solar (32.284,36 MW).
(Débora Damasceno/Sou Agro com Assessoria de Imprensa da AREAC)
(Foto: reprodução)