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“Quanto mais trabalho, mais renda”, diz família que está há duas décadas na suinocultura

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Dia 24 de julho, data de celebração da suinocultura, um dia escolhido para homenagear os profissionais desse ramo que requer muita dedicação para garantir os bons resultados nas propriedades. A gente vem acompanhando nos últimos meses que os produtores de suínos estão enfrentando muitas dificuldades, aliás, uma das piores crises da história, mas como a gente sempre diz: o produtor rural não desiste fácil.

Então a suinocultura não é marcada apenas por desafios ruins, tem muita coisa boa a ser contada. E na nossa Série Histórias do Campo deste mês, hoje vamos contar um pouco sobre a família Kerkhoff que está há duas décadas na suinocultura, em Toledo Oeste do Paraná, cidade conhecida como a capital dos suínos.

 

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Júnior Kerkhoff é casado com a Francielle e juntos eles têm duas filhas: a Valentina e a Melinda, meninas encantadoras e apaixonadas pelos porquinhos. Mas a história dessa famílias, começou há 20 anos com o pai do Júnior.

“Foi exatamente em 2002 nós iniciamos a nossa atividade aqui com a suinocultura, no começo era um plantel pequeno. Mas era um sonho que meu pai sempre teve, antes disso era bovino de leite, mas ele queria suinocultura. Então na época surgiu uma oportunidade de crédito junto ao banco e a gente iniciou nossas atividades desde então até hoje. Em vinte anos já tivemos três ampliações. E hoje a gente está com um plantel de 800 matrizes”, detalha Júnior.

 

Hoje a família trabalha com uma UPD que é a Unidade Produtora de Desmame: “É onde nascem os leitões. Eles ficam aqui desde o nascimento até a saída deles 28 dias, são quatro semanas que daí depois eles vão pro Crechário. Praticamente todos colaboram com alguma coisa. Eu e a minha esposa e daí somos em mais quatro colaboradores e também o meu pai que auxilia um pouco”, explica Júnior.

Sobre a questão da crise vivida por muitos suinocultores, Júnior diz não sentir tanto e que se organiza para evitar enfrentar os reflexos negativos.

” Como a gente trabalha num sistema que é comodato, que é uma parceria com a empresa, então nós não sentimos muito essa crise. Porque a nossa renda não interfere no mercado. Isso seria mais pra quem tem as matrizes, a gente fala o particular que tem as próprias matrizes e trabalha por conta, esse sim que está passando pela crise. Eu diria que é uma segurança que a gente tem você não tem variações de ganho em período longo prazo. Então você consegue se programar melhor, fazer um investimento a longo prazo que você vai ter certeza que o teu ganho vai ser aquele e tu vai conseguir fechar a conta no final”, explicou Júnior.

 

FAMÍLIA QUE TRABALHA JUNTO

Para Francielle, a esposa de Júnior, que chegou na família há sete anos e hoje é a líder da maternidades dos suínos, a adaptação a suinocultura não foi difícil, mas garante que para se manter na atividade é preciso dedicação total.

“Eu já tinha noção do ramo, a minha mãe, nós tínhamos uma granja só que era de engorda. Mas é totalmente diferente, a maternidade aqui com o que a gente trabalha é um ramo
que requer muito cuidado, muita atenção, cada fase tem tem os seus problemas, dificuldades, mas eu já me adaptei super fácil, fui da roça, nasci no sítio, então pra mim foi bem tranquilo.
As minhas duas meninas vivem lá, quem conhece já chama das meninas dos porquinhos, porque estão lá, pra cima e pra baixo comigo e com o pai. Mas a mão de obra, eu e eles nos demos super bem. Prefiro ficar lá do que dentro de casa”, detalhou Fran.

 

Para Júnior, a participação da esposa é fundamental: “Ela é na verdade é o braço direito, acho que é essencial ela eu ter ela como ajudante lá, porque ela comanda essa parte na maternidade. Que
não tenho esse tempo de estar lá junto, às vezes eu tenho que estar em em vários lugares ao mesmo tempo, vamos dizer assim, e ela, ela é excelente nessa parte da maternidade, deixa tudo direcionado certinho”, diz o suinocultor.

Para finalizar esse dia do suinocultor, Fran deixa um recado bem importante para quem está no ramo.

“É um ramo que requer muito comprometimento eu acho que o suinocultor ele não tem folga, é 24 horas por dia trabalhando, é de domingo a domingo. Quanto mais você se doar ao animal, mais ele vai te trazer benefícios, lucros e é um ramo que que requer isso. É muito importante, você tá lidando com seres vivos. Então, quanto mais você se doa, mais ele te contribui. Te beneficia também. Essa é a diferença dos que estão na luta e dos que desistiram. Quanto mais trabalho, mais suor, mais renda”, finaliza Francielle.

 

(Débora Damasceno com Sirlei Benetti/Sou Agro)

 

(Foto: Débora Damasceno/Sou Agro)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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