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Seca reflete diretamente na colheita no RS

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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A cultura da soja avança no ciclo de desenvolvimento e 1% das áreas já foi colhida e 10% está em maturação, 55% em enchimento de grãos, 28% em floração e 6% em germinação e desenvolvimento vegetativo. De acordo com o último Informativo Conjuntural, produzido e publicado pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr), a cultura apressa o ciclo com a seca e as perdas se intensificaram em regiões onde não ocorreram precipitações. Lavouras em estágios reprodutivos são as mais críticas no momento, representando 83% do total implantado.

Assim como avança o ciclo e a colheita do milho, intensificam-se as perdas por conta da seca. Do total implantado na safra, 57% estão colhidos, 20% em maturação, 12% em enchimento de grãos, 6% em floração e 5% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

 

A redução na produtividade  por conta da seca reflete em menor estoque do produto no Estado, trazendo problemas de abastecimento para produtores de proteína e de gado de leite.

A colheita da safra de arroz chegou a 8% das áreas implantadas no Estado, outros 25% estão em maturação, 41% enchimento de grãos, 23% em floração e 3% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

OLERÍCOLAS

Em Maçambará, na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a maioria das hortas destinadas à produção para autoconsumo está abandonada, pois não existe condição de manter o desenvolvimento das plantas sem o uso da irrigação frente às altas temperaturas e ao nível reduzido de umidade no solo.

Em Quaraí, além da dificuldade na produção de alface causada pela escassez de água para irrigação e pelas altas temperaturas, os produtores relatam infestações significativas de trípes, inseto de difícil controle devido ao tamanho reduzido e a grande capacidade de reprodução nas condições climáticas predominantes, de baixa umidade relativa do ar e calor intenso.

Na regional de Erechim, as altas temperaturas favorecem a incidência de tripes e mosca branca, diabrotica, dificultando a produção de folhosas como alface, radiche, rúcula, salsa, bem como repolho, couve-flor e brócolis.

Na de Ijuí, os cultivos de olerícolas ficam cada vez mais comprometidos pela falta de água destinada a irrigação das culturas. Com os pequenos riachos e reservatórios de menor volume de reservação sem possibilidade de captação de água, os produtores vêm utilizando água de poços artesianos para evitar a morte das plantas. O clima mais ameno, principalmente à noite, está beneficiando o desenvolvimento de oídio nas culturas do pepino, tomate, abóboras e pimentões. A incidência prolongada do ataque de tripés vem causando transmissão de viroses em alface e comprometendo o desenvolvimento das plantas.

PREVISÃO DO TEMPO

Na segunda (28), a nebulosidade associada ao deslocamento da frente fria ainda vai provocar chuva na maioria das regiões, principalmente na metade Norte. Na terça (01/03) e quarta-feira (02/03), ainda ocorrerá grande variação de nuvens em todo Rio Grande do Sul, com períodos de céu encoberto e chuvas isoladas.
Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 40 mm na maioria das localidades. Na Campanha, Zona Sul, Alto Uruguai e no Planalto os valores oscilarão entre 50 e 80 mm e poderão se aproximar de 100 mm em alguns municípios.

 

(Fonte: Emater/RS)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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