Atividade leiteira está em 98,8% dos municípios brasileiros. Olha o tamanho da crise!

Fernanda Toigo

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A estimativa é que a atividade leiteira seja responsável por 4 milhões de empregos diretos e 12 milhões de empregos indiretos. A pecuária leiteira está presente em 98,8% dos municípios brasileiros e envolve principalmente as pequenas propriedades.

A crise no setor atinge produtores de todo o País. Em Toledo o tema foi discutido em audiência pública, na tentativa de elaborar propostas e caminhos para forçar o Governo Federal a tomar medidas de estímulo ao setor e saneamento dos prejuízos.

“Vendemos o produto sem saber o valor que nos será pago. O produtor que produz 800 litros de leite por mês. Estamos no final de setembro e ainda não sei o quanto vou receber. talvez seja a pior crise qe estamos passando”, diz o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Toledo e Região (Aproltol), Saul Jorge Zeuckner.

Se manter a atividade é difícil, sair também não é fácil. “Muitos querem desistir, mas há dificuldade de vender o plantel de vacas. A vaga Jersey está valendo R$ 900,00. Não tem como sair. Temos estrutura, tratores, financiamentos. É um grito que precisa ecoar em vários municípios”, desabafou o presidente.

Um documento foi elaborado e a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná se comprometeu em tornar a recuperação da cadeia produtiva do leite como uma das bandeiras da entidade.

O Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil. Juntos os três estados do Sul respondem por mais de 38% da produção do País, mais do que produzem juntos a Argentina e o Uruguai.

 

UNIÃO DO SUL

Uma reunião promovida pela Aliança Láctea Sul Brasileira, com a participação dos três Estados do Sul (RS, SC e PR) e dos setores produtivos estaduais, foi também realizada para discutir a formatação de um plano de proteção e desenvolvimento da cadeia de leite. O encontro foi realizado em Florianópolis, Santa Catarina. O assunto deve ser retomado e apresentado aos governadores do Sul do Brasil.

O objetivo é criar um plano para o fortalecimento do setor produtivo, com o intuito de minimizar os efeitos da importação do leite dos países do Mercosul, além de ampliar a fiscalização da qualidade dos produtos lácteos importados. Além disso, o grupo buscará junto ao governo federal a isenção fiscal de tributos, apoio para o escoamento da produção nacional e linhas de crédito de longo prazo que beneficiem os produtores rurais.

Representando a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), o assessor técnico do gabinete do secretário, Antônio Carlos de Quadros Ferreira Neto, destacou a situação difícil que os produtores de leite vem enfrentando e que a união de forças entre os entes públicos e as entidades pode ser um caminho para buscar auxílio junto aos governos e diminuir os impactos aos produtores. “A produção de leite no Estado tem grande relevância econômica e social, sendo que aproximadamente 40 mil propriedades têm a atividade leiteira como fonte de renda”, destaca.

Segundo dados da Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2023, o Rio Grande do Sul possui um rebanho de 1 milhão de bovinos de leite e produção anual de cerca de 4,39 litros de leite. Os principais destinos do leite gaúcho são Argélia e Uruguai.

 

(Com Governo do RS)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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