Projeto Forrageiras auxilia produtores no convívio com a seca no Semiárido
O projeto Forrageiras para o Semiárido, parceria do Sistema CNA/Senar com a Embrapa, mostra resultados positivos para produtores rurais de bovinocultura de corte em Montes Claros (MG).
A iniciativa pesquisa o potencial produtivo de plantas forrageiras diante das condições de clima e solo do semiárido para alimentação de ovinos, bovinos de corte e leite nos períodos de seca.
- A conta não fecha: depois de altos custos de produção preço do milho está abaixo dos R$ 50
- Além da queda nos preços, dificuldade no armazenamento também preocupa produtores de milho
“A seca nunca foi novidade para mim, por isso através de estudos eu tento me prevenir porque é um fato que todo ano vai acontecer,” afirma o produtor Bernardo Mendes.
Ele herdou da família uma fazenda e teve que ir atrás de conhecimento para melhorar as tecnologias aplicadas em campo e poder oferecer um bovino de qualidade.
“Quando esse estudo estiver concluído vai me auxiliar para conseguir refinar mais ainda minha capacidade e suporte forrageiro, e o ganho que meu gado vai propiciar de acordo com o tipo de forrageira que está sendo pesquisada”, completa.
São 12 Unidades de Referência Tecnológica (URTs) do Forrageiras para o Semiárido em todos os estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais.
“É extremamente importante verificar aqueles materiais que suportam as condições climáticas do semiárido e ajustar o sistema de produção local à realidade do produtor”, explica o professor Carlos Juliano Brant, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo ele, com a forrageira correta, o produtor “vai conseguir aportar carbono com a forrageira mais adaptada, ter maior produtividade de carne por hectare e consequentemente ter mais lucro na sua atividade”.
Para se produzir uma reserva alimentar para os períodos mais secos, é preciso fazer um cardápio forrageiro com gramíneas perenes, anuais e a palma de forrageira como fonte de energia e água para os animais.
Em Montes Claros, o projeto estuda quatro espécies de forrageiras que estão sendo testadas na alimentação do gado de corte: Paiaguás, Piatã, Massai e o Búffel Áridus.
O projeto também disponibiliza aos produtores o aplicativo Orçamento Forrageiro, que auxilia no cálculo da quantidade de forragem disponível, o consumo mês a mês, possibilitando saber se é necessário produzir mais alimento para o período de estiagem.
Para saber mais sobre o Forrageiras, acesse: https://www.cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/forrageiras-para-o-semi%C3%A1rido
O desenvolvimento do projeto em Montes Claros foi pauta do programa Nosso Agro no sábado (17). Assista a reportagem na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=1qyLhoSf8KY
(Com CNABRASIL)