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Morte de animais por descarga elétrica: e a indenização quem vai pagar?

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Na última semana, o caso de 19 animais que morreram por uma descarga elétrica em Saudade do Iguaçu, Sudoeste do Paraná gerou muita repercussão. Quase todas as vacas que morreram estavam prenhas e peixes do açude também não resistiram. Tudo aconteceu depois que um galho encostou na rede elétrica e causou a descarga elétrica.

Tudo isso gerou duas dúvidas muito recorrentes, a primeira é sobre porque a carne dos animais não foi aproveitada e isso nós já ouvimos um veterinário e trouxemos a resposta  que explicou que tudo tem ligação com a questão sanitária. “O gado que é preparado para o abate tem todo um preparo especial. É preciso fazer a limpeza correta, a sangria correta, e neste caso de Saudade isso não seria possível. Por isso, a solução infelizmente foi enterrar os animais”. Mas a segunda dúvida é sobre a indenização dos produtores rurais, afinal as vacas eram o sustento da família, pois bem, fomos então saber detalhes sobre isso.

 

O QUE DIZ A FAMÍLIA

“A nossa família agradece a imprensa e a todos que se solidarizaram com o acontecido. A companhia da energia ela já tem se manifestado quanto ao nosso pedido de ressarcimento dos danos solicitando mais algumas informações para dar andamento ao processo. Então nós realmente esperamos que a companhia de energia indenize o mais breve possível esse prejuízo pois precisamos repor o rebanho tendo em vista que esses animais que morreram iam repor as vacas que estão encerrando o seu período de lactação. Sendo atividade leiteira, a única atividade exclusiva, atividade que gera renda pra nossa família”, diz Grasieli Cerbatto filha do dono da propriedade.

 

O QUE DIZ A COPEL

Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), o que aconteceu é o que foi relatado. Um galho gerou um curto no poste e quando a energia voltou, o galho causou um novo curto. A orientação é que a família entre com pedido à Copel e a partir daí tem todo um processo administrativo de avaliação. Todo processo de ressarcimento funciona assim. A Copel analisa e tem um prazo para isso e com base em critérios técnicos defere ou não.

Ainda segundo a companhia o prazo para entrada no pedido é de 30 dias corridos e a Copel tem 90 dias para analisar. Com detalhes mais explicados por meio de um link enviado pela companhia clicando AQUI.

 

E SE O RESSARCIMENTO DEMORAR?

Mas como a família disse, o ressarcimento é algo que precisa de urgência, afinal a atividade leiteira é o sustento deles. Neste caso fomos falar com um advogado para esclarecer o que deve ser feito em caso de uma demora prolongada para o pagamento dos danos.

“Pelo que vejo, os cabos de energia da Copel fizeram todo esse estrago. Então a responsabilidade de indenização desses animais e também dos peixes que acabaram morrendo, a Copel tem que fazer o levantamento de tudo isso tem que trazer essa essa indenização dos animais por um preço compatível que eles possam repor o plantel e não perder a sua capacidade de produção de leite
ou seja, o mais rápido possível, porque desde já, comprometeu além do abalo moral da família de tamanho susto que devem ter passado esses produtores, vai ter o prejuízo financeiro da perda dos animais e também da capacidade produtiva de leite”, disse o advogado Rogério Silva, especialista em causas rurais.

Mas e se o ressarcimento demorar, qual é a orientação para essa família?

“Se isso não for feito de maneira de maneira rápida, o produtor precisa contratar um advogado, buscar essa reparação na justiça dos danos morais, os lucros cessantes pela perda da produção de cada animal desse e a recomposição de toda a sua capacidade de pagamento frente aos bancos, porque geralmente eles tem dívidas de créditos rurais, Os créditos subsidiados e não vão conseguir arcar. Então isso também gera aí o dever do banco diante de um acontecimento desse, de fazer a prorrogação dessas dívidas pelo prazo necessário da recuperação econômica financeira dessa família”, finaliza o Advogado.

RELEMBRE O CASO: 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro )

 

(Foto: arquivo pessoal da família)

 

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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