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Milho: após oito semanas em queda, preços reagem

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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Após caírem por oito semanas consecutivas, os preços do milho voltaram a subir na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), os valores foram influenciados pelo alto patamar do dólar – especialmente no início da última semana – e pelos avanços nos futuros externos.

No interior do País, vendedores, atentos a esse cenário e também ao menor volume de chuvas em novembro – que gera certa preocupação quanto ao desenvolvimento da safra de verão –, se afastaram do spot nacional, à espera de intensificação do recente movimento de alta nos preços. Compradores de grande parte das praças acompanhadas pelo Cepea se mostram abastecidos – o que, inclusive, limitou o avanço dos valores.

 

Diante disso, o ritmo de comercialização tanto no interior como nos portos ainda esteve lento e abaixo do observado em anos anteriores. No campo, mesmo com a redução das chuvas ao longo de novembro e das consequentes preocupações, o desenvolvimento das lavouras da safra de verão segue satisfatório.

PLANTIO NO PARANÁ

De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural) com o plantio praticamente encerrado, a primeira safra de milho tem uma boa perspectiva e pode recompor as perdas dos últimos ciclos. Hoje, a produtividade média esperada no Paraná é de 9.750 quilos por hectare, levemente abaixo do recorde de 10 mil quilos.

 

O relatório deste mês estima um volume de 4,2 milhões de toneladas, 35% a mais do que na safra anterior. Já a área está estimada em 430 mil hectares, alta de 15% sobre o ciclo 2020/21, segundo o analista do Deral, Edmar Gervásio.

Embora os preços tenham apresentado queda nos últimos meses, os valores ainda estão satisfatórios. Na última semana, os produtores de milho receberam, em média, R$ 76,00 pela saca de 60 kg, valor aproximadamente 12% superior ao recebido em novembro de 2020, e 61% maior do que a média do ano passado. Com uma oferta maior do produto, após cerca de seis meses de déficit que exigiram mais importação, o mercado tende a se ajustar e os preços das proteínas animais devem equalizar.

 

(FONTE: Deral e Cepea)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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