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Frango: valor bruto da produção pode ficar 30% superior ao previsto

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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Estimado em R$82,4 bilhões no princípio do ano, o valor bruto da produção (VBP) do frango em 2021 pode alcançar resultado 30% superior à projeção inicial, o que significa ultrapassar pela primeira vez a marca dos R$100 bilhões. O valor mais recente projetado pela Secretaria de Política Agrícola do MAPA é de R$107,7 bilhões.

Refletindo o comportamento de mercado dos produtos de origem animal, já em meados do ano a projeção mensal do MAPA apontava crescimento acima da média para o frango. Assim, enquanto o VBP total sinalizava aumento de 10% (em relação à projeção inicial), o do frango indicava aumento de 16,5%.

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Da metade do ano para cá registra-se desaceleração no VBP (inclusive porque o espaço de tempo é mais curto). Mas, novamente, cabe ao frango o maior índice de expansão: +12,10%, frente a uma evolução de menos de 5% do VBP total.

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Naturalmente, essa desaceleração vem sendo determinada, sobretudo, pela carne bovina, cujas importações para a China (principal destino do produto) permanecem suspensas. Em decorrência, sua participação no VBP tende a um recuo da ordem de 6%, retrocedendo de 45,45% na projeção inicial para 42,71% na projeção de novembro corrente.

O ganho maior, é óbvio, recai sobre o frango, cuja participação no VBP total sobe de 26,21% para 29,70% – um incremento de 13,29%. Mas – é importante ressaltar – o outro produto da avicultura, o ovo, também tende a um aumento de participação no VBP – de 4,76% para 4,91%, expansão de 3,13%.

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Além da carne bovina, também suínos e leite tendem, por ora, a uma redução de participação em relação ao previsto no início do ano – queda de 3,70% e 3,90%, respectivamente

Margem de preço entre frango vivo e abatido se estreitou em 2021

A despeito da forte desvalorização sofrida pelo frango vivo na primeira quinzena de novembro (redução de 10% em apenas nove dias de negócios), o frango abatido resfriado encerrou o período com a mesma margem registrada um ano atrás, alcançando preço médio cerca de 28% superior ao cotado para a ave viva. Mas, na média de onze e meio meses do ano a margem se estreitou, recuando de 25% em 2020 para 21,5% no corrente exercício.

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De toda forma, 2021 vem registrando maior estabilidade que no ano passado, ocasião em que foram registradas situações extremas – para cima e para baixo. Em janeiro de 2020, por exemplo, na primeira metade do mês, o frango abatido foi comercializado por valores mais de 50% superiores aos do frango vivo. Em contrapartida, na passagem de maio para junho, em decorrência do confinamento imposto pela pandemia, o preço do frango abatido desabou, ficando menos de meio por cento acima da cotação da ave viva. Daí a grande amplitude entre margens máxima e mínima, de 57,36 pontos percentuais, registrada em idêntico período do exercício passado.

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Neste ano essa amplitude ficou em 20 pontos percentuais. Porque a maior margem obtida pelo frango abatido, registrada em setembro passado, foi de 32,5%, enquanto a menor margem, observada no início de abril, foi de 12,5%.

(FONTE: Avisite)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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