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Chuva irregular e geada precoce devem marcar 2022

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Ao que tudo indica a previsão do tempo, 2022 será mais um ano desafiador para o produtor rural. Com a La Niña bem desenvolvida nos próximos meses, as condições climáticas devem ser de muita variação, com chuva irregular e geada precoce. O engenheiro agrônomo, Ronaldo Coutinho trouxe as perspectivas do tempo para os próximos meses.

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“A projeção de março, abril, maio, ou seja, praticamente outono e inverno tem a La Niña desenvolvida e bem acentuada, de modo de fraca a moderada, talvez até moderada a forte em alguns momentos. O Atlântico ajudando aqui na estação chuvosa e isso pode ajudar de repente algum evento de chuva. Que já está sinalizando no finalzinho de fevereiro, começo de março, então talvez a gente tem uma esperança de ter pelo menos uma aguada no milho safrinha, no Rio Grande do Sul que dê para ajudar em alguma coisa de pastagem, de lavouras de inverno, alguma coisinha e na parte da fruticultura também”, detalha Coutinho.

Chuva irregular e geada precoce

Segundo Coutinho este é um ano com uma situação que realmente preocupa: “No sul continua com chuva extremamente irregular. Argentina Uruguai, Mato Grosso do Sul, São Paulo para baixo aqui no centro-oeste, a estação seca pode começar um pouco mais cedo. Já começa nesse período a ter entrada de massas de ar frio com mais intensidade. Aqui no sul, provavelmente as primeiras geadas danosas já vão aparecer em março e abril já vai ter risco de geada bem mais intensa nas áreas de agricultura. As primeiras geadas podem aparecer nas áreas mais elevadas, de 800 metros para mais e entre final de março e abrir primeiro os primeiros 20 dias de abril. Então, muita gente arriscou a plantar, é o milho para forragem, alguma coisinha de feijão segunda época, alguma coisa de soja, segunda época entre o noroeste do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina, talvez alguma coisa no Planalto norte catarinense e partes do Paraná também arriscaram nessa parte, já começa a ter algum risco. Não só em relação a geada, mas também as madrugadas mais frias e isso pode favorecer a doença. Começa aparecer os nevoeiros também e quando chegar da segunda metade de abril, a primeira metade de maio já começa a ter um risco de geada em boa parte do Rio Grande, boa parte de Santa Catarina e uma parte sul e Oeste do Paraná já começa a ter risco de geada com potencial de danos”, explica Coutinho.

 

Uma possibilidade para evitar perdas é escalonar o plantio das culturas: “Tentar, dentro do possível, escalonar o plantio para que, quando vier uma geada, um período de seca ou um período de chuva não esteja naquele momento crítico da lavoura”, diz Coutinho.

 

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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