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Afinal, quando a La Niña deve ir embora?

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| La Niña consiste em uma alteração periódica das temperaturas médias do Oceano Pacífico. Essa transformação é capaz de modificar uma série de outros fenômenos, como a distribuição de calor, concentração de chuvas e a formação de secas. Quando a alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico aponta para uma redução das médias térmicas, o fenômeno é nomeado de La Niña, basicamente o efeito La Niña está ligado ao resfriamento das temperaturas médias das águas do Oceano Pacífico, representando exatamente o oposto do fenômeno El Niño, que produz um aquecimento anormal de suas temperaturas. Mas afinal, quando a La Niña vai embora? Quem tem essa resposta em detalhes é o engenheiro agrônomo, Ronaldo Coutinho.

Veja a explicação completa: 

 

Tudo indica que a La Niña vai permanecer por um bom tempo e é importante acompanhar as previsões, pois o cenário está em constante mudança: “Tudo  indica dedica que o comportamento de La Niña vai agora de janeiro até pelo menos agosto, setembro de 2022. Então toda safrinha está sobre efeito de La Niña. O inverno está sobre efeito de La Niña e o começo da primavera ainda sobre efeito de La Niña, mesmo que não tenha La Niña no oceano é o famoso efeito chaleira, tu desliga a água que é a água que tá fervendo, não é porque tu desligou a água que tu pode meter o dedo lá dentro tem que esperar a água esfriar. Então, sumiu a La Niña no oceano, os efeitos da atmosfera continuam ainda por mais 50, 60, 90 dias. Então, setembro, começo de outubro, por enquanto os dados  indicam a continuidade de comportamento La Niña no verão, outono, inverno e talvez começo da primavera. Vamos torcer pra que esse mapa aqui mude pra que passe a voltar o que ele estava indicando. Porque se se não nós vamos ter problemas na saída do inverno”, explica Coutinho.

Se a mudança de La Niña não acontecer e a previsão se concretizar há preocupação com a agricultura em algumas culturas: “O frio chegando cedo e o frio saindo tarde, isso é ruim para fruta de caroço, uva, pera,  mirtilo, alguma coisa de caqui, culturas que são mais sensíveis a geada tardia. Para maçã talvez atrapalhe também. Então a o inverno está indicando ser bom pra fruticultura, a parte inicial e metade dele, depois pode ser problema com algum frio tardio, mais enjoado.”, diz Coutinho

 

“Para quem gosta de plantar o milho mais cedo, também pode ter risco. Para o pessoal do fumo que planta ao longo do inverno pode ter algum problema com geada danosa então é interessante ver o seguro. O milho safrinha interessante ver o seguro. O trigo também, porque boa parte do ciclo vai ser bom, mas na saída na finalização, floração, enchimento de grão e colheita, pode ser que dê algum problema com frio fora de época nas áreas de produção de trigo. Talvez a região com menor problema seja a área norte do Paraná. Ali do centro para o oeste do Paraná pro sul pode ser que tenha problema mais na fase de floração e e enchimento de grão com algum frio fora de época. É um ano realmente complicado esse. Não vai ser fácil pro produtor”, finaliza Coutinho.

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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