Mulheres cientistas apresentam projetos de pesquisa voltados ao agronegócio
Mulheres cientistas apresentam projetos de pesquisa voltados ao agronegócio. Em ação inédita, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul abriu edital voltado para projetos de pesquisas coordenados por mulheres. A Embrapa Gado de Corte de Campo Grande-MS estreou na chamada com duas propostas aprovadas e mais duas na lista de espera, de autoria das pesquisadoras Rosângela Simeão, Andréa Egito, Marlene Coelho e Alessandra Nicacio, respectivamente.
As propostas estão inseridas nas áreas de agronegócio, bioeconomia, biotecnologia, cidades inteligentes, energias renováveis, biodiversidade, saúde animal, saúde humana, tecnologias sociais e assistivas. Na part do agronegócio, o projeto sob liderança de Rosangela Simeão, se propõe a implementar e desenvolver estratégias de melhoramento da forrageira Urochloa ruziziensis tetraploide, com modo de reprodução sexual.
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“O diferencial é o melhoramento com base na seleção fenotípica e na seleção genômica, com o objetivo de acelerar o processo de obtenção de cultivares mais adaptadas, inclusive para o uso em sistemas integrados de produção, que resultem em maior produtividade por animal e por área, no estado de Mato Grosso do Sul”, afirma Simeão.
Reunindo 15 especialistas da Embrapa Gado de Corte, Gado de Leite (Juiz de Fora-MG) e Cerrados (Planaltina-DF) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os resultados futuros podem colocar o Estado na dianteira nessa área. Para os dois anos de desenvolvimento, os recursos disponíveis estão na casa dos R$ 100 mil reais.
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Sanidade animal
Por meio do uso de genética molecular, a pesquisadora Andréa Egito e a equipe de seis especialistas estarão debruçadas, pelos próximos 24 meses, no desenvolvimento de testes moleculares que possam ser utilizados para a detecção rápida de resistência aos inseticidas adotados para controle da mosca-dos-estábulos.
Alguns incenticidades serão usados nas populações sul-mato-grossenses do inseto, tanto em colônias permanentes da Embrapa Gado de Corte quanto em populações naturais, a custo, aproximado de R$ 85 mil reais.
As pesquisadoras aguardam agora a real contratação dos projetos e a liberação dos recursos, o mais breve possível, para iniciar os trabalhos.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Embrapa)
Foto: Embrapa