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Conectividade nas propriedades é considerada fundamental para o agronegócio

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A conectividade é um insumo importante para o setor agropecuário do país. Ter internet com bom sinal em toda a propriedade é fundamental para aliar as tecnologias ao processo de produção. A modernização das propriedades rurais é uma necessidade para tornar a agricultura brasileira mais competitiva. E por isso, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) trabalha por propostas e políticas públicas para que a conectividade alcance também os médios e pequenos produtores.

Em julho deste ano, a Anatel anunciou a chegada do sinal 5G em algumas capitais, no entanto o cronograma para a chegada do sinal nas principais cidades brasileiras é até 2029. O 5G trará mais velocidade e reduzirá o tempo de resposta entre dispositivos, tornando também as conexões mais estáveis.

 

Cabe destacar que a conectividade no campo é essencial para a adoção de tecnologias digitais e acesso a capacitação remota, que permitem processos produtivos e administrativos mais eficientes. Este processo transforma o campo e aumenta sua competitividade, com soluções que permitem menor custo de produção, e com o uso eficiente dos recursos financeiros e naturais.

A implantação do sistema 5G no Brasil e a conectividade no campo são temas debatidos pela bancada. Em 2021, parlamentares da FPA participaram da cerimônia de apresentação da tecnologia para o setor, em Sorocaba-SP.

Para o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), “o agronegócio será o maior beneficiado com o 5G”. De acordo com o parlamentar, a tecnologia proporciona a redução de custos e ganho de produtividade. “A agricultura brasileira estará cada vez mais preparada para exercer o protagonismo. Já somos exemplo para todo mundo. Com a tecnologia avançando ainda mais, continuaremos sendo o pilar econômico e tecnológico do Brasil”, completou.

 

Já o deputado Zé Silva (SD-MG) demonstra preocupação com a inclusão e acesso dos produtores da agricultura familiar do Brasil com a nova tecnologia. “Uma coisa é os 26% dos produtores rurais que são os de grande porte acessarem essa tecnologia, outra vertente são os 74% dos produtores rurais de pequenas propriedades”, diz. Para o parlamentar, o debate sobre conectividade e inovação no campo é fundamental para o setor produtivo brasileiro e possui o desafio de alcançar toda a cadeia produtiva do país.

De acordo com dados de levantamento feito pelo Ministério de Agricultura (MAPA), estima-se que 58% dos imóveis rurais no Brasil estão inseridos em condições de sinal insuficiente de celular 3G/4G e esse percentual é o mesmo tanto para pequenos, médios ou grandes imóveis. Ou seja, apesar dos números gerais apontarem para uma disseminação acelerada do uso de dispositivos móveis no Brasil, a infraestrutura de cobertura rural ainda tem grande campo para investimentos públicos, privados ou em parceria.

 

De acordo com Marco Morato, coordenador de Meio Ambiente e Energia do Sistema OCB, o 5G é um mundo novo para o agro. “Nossas tecnologias mais avançadas se baseiam e tem um excelente desempenho com a utilização de 4G e até 3G em alguns casos. O mais importante dos leilões de 5G, neste momento para o agro, foi a obrigação das vencedoras em ampliar o fornecimento de 4G em algumas áreas hoje sem cobertura, o que vai diminuir nosso esforço para universalizar o acesso à internet no campo.”

Morato acrescenta que “em um esforço conjunto das entidades do agro, Ministérios da Agricultura, de Ciência e Tecnologia, das Comunicações e congressistas das frentes parlamentares da agropecuária e do cooperativismo, conseguimos muitos avanços como a desoneração de sensores e a destinação do FUST para a cobertura de áreas hoje sem conectividade, ou com conectividade precária.”

(Débora Damasceno/Sou Agro com texto FPA)

 

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(Débora Damasceno/Sou Agro)

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