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Apreensão de agrotóxicos na fronteira é cinco vezes maior em 2022

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
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#souagro| A apreensão de agrotóxicos na região de fronteira do Paraná foi cinco vezes maior este ano, considerando os primeiros sete meses de 2022, se comparado a todo o ano de 2021.

Os dados são do BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira) que atua em 139 municípios da faixa de fronteira, que abrangem um raio de 150 quilômetros além da linha divisória terrestre do Brasil. São, ao todo, 447 quilômetros de fronteira somados Paraguai e Argentina.

 

Segundo levantamento do Batalhão, do início do ano até dia 12 de agosto, 455.080 litros de agrotóxicos irregulares foram apreendidos. Em todo o ano de 2021 foram 90.420.

“Alguns fatores contribuem para este resultado de aumento, um deles é o interesse por produtos contrabandeados por conta do preço. A fronteira do Brasil com estes países é a principal rota para transporte deste tipo de produto, que são distribuídos por todo o país”, avalia o responsável pelo comando do Batalhão, major Éldison Martins do Prado.

Esses produtos que passam pela fronteira não necessariamente ficam no Paraná. “Não é possível mensurar se seriam aplicados aqui ou até mesmo em outro país. Só que a nossa região é uma rota para passagem de produtos de origem estrangeira. Também precisamos destacar outro motivo para o aumento dessas apreensões é que o trabalho da polícia tem contribuído bastante, por que nossos policiais estão cada vez mais atentos”.

Prejuízos

Não é difícil de o produtor rural identificar defensivos irregulares na hora de comprar. Um dos fatores a ficar atento é o preço: se estiver muito abaixo de mercado, há possibilidade de ser contrabandeado. Além do crime em si, também há risco para a saúde da lavoura e do próprio agricultor no uso desses produtos sem procedência.

 

“Produtos de origem conhecida têm uma garantia maior. Falando em defensivos, a responsabilidade é maior ainda por que os produtos sem procedência podem ter sido alterados. Se foi contrabandeado é por que ou aqui não é permitido ou tem algum composto que prejudica o meio ambiente e/ou a saúde do produtor”, afirma o engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho.

O risco também é de que o produto vendido esteja vencido ou tenha fórmulas alteradas. “O produto pode não ter eficiência nenhuma, então é preciso ter cuidado para não ser enganado e tomar prejuízo com algo que não vai resolver para determinada praga ou doença”, finaliza.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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