Plano Safra: “Juro alto não é bom para setor produtivo”, avalia economista

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

#souagro| O novo Plano Safra, lançado pelo Governo Federal no último dia 29, tem como principal preocupação dos produtores rurais as taxas de juros. Para custeio e comercialização da Agricultura Familiar, a taxa é de 5% a 6% de juros ao ano. Para os pequenos produtores, de 8%. E para os demais, 12% ao ano.

Os programas de investimento estão com juros previstos de 7% a 12%. A nossa equipe, do Sou Agro, conversou com um economista para saber do reflexo disso tanto para o produtor quanto para a economia. “Não tem tanto subsídio assim e a taxa, principalmente a de dois dígitos, é muito próxima da taxa Selic. Com isso, o custo da produção rural fica maior”, avalia Lúcio Scheuer.

 

Por mais que o valor liberado seja gigantesco, o juro mais alto traz uma retração para a economia do país. “O governo prevê isso para conter a inflação. Mas, com juros mais altos, a economia também fica mais retraída e não é bom para o setor produtivo”, afirma o economista.

 

Confira a tabela de juros:

 

Valores

O Governo Federal lançou o tão esperado Plano Safra 2022/2023 com valor de R$ 340,88 bilhões. O plano vale até junho do próximo ano. O aumento é de 36% em relação ao plano anterior.

 

Do total, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e à comercialização, alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos, um crescimento de 29%. Segundo o Governo Federal, os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e com juros livres R$ 145,18 bilhões.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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