Foto: reprodução internet

O terror das lavouras de milho, cigarrinha é responsável por redução na safra do PR

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Falar em cigarrinha do milho, o produtor rural já fica com os cabelos em pé, como diz o ditado. A praga é o terror das lavouras e nesta safra veio com ainda mais intensidade, nós temos mostrado muitos casos em que os produtores tiveram muitas perdas.

A cigarrinha foi inclusive responsável pela queda na estimativa de colheita do milho safrinha, com 15,5 milhões de toneladas, a expectativa ficou em 700 mil toneladas a menos que a projeção de maio. Mesmo sendo expressivamente maior que a safra do ano passado que teve colheita de 5,7 milhões de toneladas, a praga causa preocupação, mas o Deral considera a queda de estimativa dentro da normalidade.

 

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“A produção esperada para esta safra é em torno de 15,5 milhões de toneladas, uma leve redução se a gente comparar a um número que a gente vinha até o mês passado que era em torno de 16 milhões de toneladas. Um dos principais motivos dessa redução é a reavaliação de termos de produtividade justamente pelos impacto pontuais do clima em algumas regiões do estado e especialmente pragas. A cigarrinha principalmente que atacou as lavouras em determinadas regiões do estado”, disse Edmar W. Gervásio, analista de Milho Deral.

 

Sobre os preços do milho, por enquanto a estabilidade está mantida.
“No sentido de mercado os preços continuam estáveis em torno de R$ 78, R$ 80 a saca de 60quilos e devem sofrer uma maior pressão justamente por causa da maior oferta do cereal
nas cotações no mercado internacional”, finalizou Edmar.

PROBLEMAS DA CIGARRINHA PARA O MILHO

Os enfezamentos do milho são causados por bactérias pertencentes à classe dos Mollicutes, que são transmitidas pela cigarrinha-do-milho. O espiroplasma causa o enfezamento pálido, enquanto o fitoplasma causa o enfezamento vermelho. As doenças são vasculares e sistêmicas: os mollicutes se concentram no floema da planta, estrutura responsável pela circulação da seiva elaborada (composta por nutrientes), obstruindo-o e causando desordens fisiológicas, nutricionais e bioquímicas nas plantas de milho.

Os sintomas das doenças são mais severos na fase de produção, polinização e formação dos grãos, quando o metabolismo da planta se intensifica. O momento exato da ocorrência vai depender da época em que a planta foi infectada, da cultivar de milho utilizada e das condições ambientais (em períodos mais quentes, o metabolismo da planta é mais intenso).

(Débora Damasceno/Sou Agro)

(Foto: Syngenta)

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