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Da ilegalidade ao combustível renovável: azeite irregular será transformado em biodiesel

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O que era ilegal, agora será transformado em algo renovável. Cerca de 2,1 mil litros de azeite de oliva que foram apreendidos durante uma ação de fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram doados para o Hospital Pequeno Cotolengo, de Curitiba (PR) para transformação em biodiesel. O azeite fraudado foi apreendido em dezembro do ano passado, no Paraná.

A análise de amostras feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul indicou a presença de outros óleos  vegetais, descaracterizando o produto como azeite de oliva. Essa  é uma das fraudes mais comuns na comercialização do produto.

 

O azeite apreendido durante fiscalização do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (SIPOV), da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná (SAF/PR), foi considerado impróprio para a alimentação humana, devido ao desconhecimento da sua composição. Por este motivo, deve ser destinado a outro fim, principalmente para usos industriais, como a fabricação de biodiesel.

Todas as etapas de destinação do produto doado são acompanhadas pelo MAPA, por intermédio do  SIPOV  e da SFA/PR.

 

Operação 

A operação de fiscalização retirou 4,2 mil frascos de 500 ml de azeite falsificado das prateleiras dos supermercados, atacadistas e distribuidores localizados no estado do Paraná. Muitas vezes, o consumidor, que deseja comprar o azeite de oliva devido aos inúmeros benefícios do produto para a saúde e seu uso culinário, acaba pagando por um produto que não é aquele que ele pretendia obter.

Para evitar esse tipo de fraude, o Mapa, por meio do SIPOV, realiza  regularmente operações de fiscalização em supermercados, onde são feitas as apreensões do produto, que tem suas amostras enviadas para um laboratório, para a  realização de  testes de fraude e averiguação para saber se o azeite é verdadeiro ou se está misturado com outro óleo vegetal. Caso seja  comprovado que trata-se realmente de azeite, o produto passará por testes de qualidade para saber se é extravirgem, virgem ou tipo único.

 

“Além da apreensão, a empresa responsável foi autuada em processo administrativo, com imposição de multa. O processo também será encaminhado ao Ministério Público para demais apurações de competência desse órgão”, explicou José Roberto Viccino,  auditor fiscal  federal agropecuário,  do  SIPOV – SFA/PR, responsável pela fiscalização.

Atualmente, o azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. A fraude mais comum é a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais. Também são encontrados casos de azeite de oliva refinado vendido como azeite extra virgem.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro com Mapa)

(Fotos: Mapa)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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