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Conheça Nina, a ovelha que teve trigêmeos na primeira cria

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A produtora rural Suzana Meier, que mora no interior de Matelândia, Oeste do Paraná, encaminhou um vídeo para nós da reportagem do Portal Sou Agro que chamou a atenção e nos fez buscar um médico veterinário que explicasse como funciona o ciclo reprodutivo das ovelhas e o cuidado com os animais.

É que a ovelha Nina, na sua primeira cria, deu à luz a três filhotes. Isso mesmo. Três filhotes. Duas fêmeas e um macho.

“A Nina é uma ovelha que foi criada aqui no sítio e, para nossa surpresa, na sua primeira cria, já nasceram trigêmeos. Temos 25 ovelhas e agora nosso cuidado está exclusivo a ela”, conta Suzana.

 

A nossa equipe conversou com o médico veterinário do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná IAPAR-Emater) André de Moura Victório. 

Ele explicou que as ovelhas podem sim criar gemelares, porém, o mais comum é que uma ovelha crie de um a dois filhotes por vez. “O parto de múltiplos nas ovelhas é mais simples do que em bovinos e pode ocorrer de uma fêmea criar até quatro animais de uma vez. Isso tem a ver com o manejo da fêmea pré-monta, da alimentação do animal que antes da cruza começa a ganhar peso. Desta forma, o animal entende que o ambiente é favorável e ovula mais, o que dá possibilidade de múltiplos filhotes”, explica.

Mesmo assim, não é muito bom que o animal tenha mais de dois filhotes por vez. “Isso porque eles podem ficar frágeis, então, não é muito desejado nem tão comum que uma ovelha dê a cria a mais de dois filhotes de uma vez”.

 

Confira o vídeo da ovelha Nina e a entrevista completa:

 

 

Sobre a reprodução dos animais

O médico veterinário do IDR-Paraná André de Moura Victório explica que, na nossa região, a reprodução de animais é pouco estruturada e há produção de ovelhas mais para carne que para lã. Apesar de muitos animais nascerem na época do inverno, isso não é o ideal. “As ovelhas precisam parir em época mais seca e mais quente. Se a monta ocorrer em fevereiro e em março, considerando cinco meses de gestação, o nascimento fica para julho e agosto. Porém, há mais risco de mortalidade de animais em períodos de frio e de muita umidade”.

O indicado é que os filhotes nasçam em temperatura boa e em época mais seca. “Se fizer a reprodução entre abril e maio, os animais nascem em uma estação com menos risco de mortalidade”.

 

Ele ressalta que o ideal é que os produtores façam um planejamento para que os filhotes nasçam todos de uma vez. “Se o nascimento é programado em lotes, o produtor consegue se adequar para receber os animais e lucra mais porque consegue vender em lotes fechados. Também é possível dar um cuidado nutricional melhor, desde a gestação das ovelhas, em que é necessário que elas comam por elas e pelos filhotes, até o nascimento e o manejo dos recém-nascidos”, complementa.

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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