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“Eu questionei Deus”, desabafa agricultor que esteve à beira da morte

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Neste 1° de julho, mês que é cheio de datas especiais para o agronegócio, nós do portal Sou Agro, vamos trazer trajetórias inspiradoras e de superação dentro do agro. Muitas pessoas estão no mundo para contar suas histórias e inspirar, este é o caso do Airton Ferreira, mais conhecido como Gaúcho. Produtor rural e locutor de rádio, este homem tem muita coisa a contar.

Morador de Toledo, Oeste do Paraná, Gaúcho passou por muitas lutas até conquistar o que tem hoje. Com um lindo rancho, no interior do município ele conserva um espaço considerado seu refúgio.

 

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“Eu praticamente eu me criei nessa região aqui. Nós éramos em oito na família e a família vai crescendo. E eu lembro que quando passei para o terceiro ano, o pai falou: já sabe ler e fazer conta não precisa mais estudar. E a gente foi pra cidade, naquela época não era tão difícil que nem hoje arrumar um trabalho na cidade. E cada um se empregou ali, cada um foi tocando a sua vida e fomos casando e pelo destino em 2022 eu estou aqui de volta”, detalha o produtor.

O Rancho do Gaúcho foi criado pelo próprio produtor rural que quando chegou na propriedade tinha apenas uma lavoura de soja e ele mesmo coloca a mão na terra: “São cinco chácaras ao total, o qual uma é minha. E eu sou conhecido como Gaúcho e eu coloquei o rancho do gaúcho O rancho do gaúcho. E muita gente vem aqui e se encanta porque eu gosto de estar sempre plantando, eu tenho muitas mudas de árvores nativa aqui na minha chácara e eu plantei, que eu plantei. E graças a Deus vem muita gente visitar aqui e agora o estamos ampliando um pouco mais vamos além,  que eu adoro animais e daí eu estou agora montando a fazendinha do gaúcho”, contou o produtor.

 

BATALHAS DA VIDA

Ao longo da montagem do rancho do gaúcho, o produtor rural levou um grande susto e enfrentou uma batalha de vida. Contaminado com a Covid-19, Gaúcho se viu à beira da morte.

“Eu acredito assim que eu peguei Covid eu fiquei quinze dias nas UTI vendo sair pessoas a chegar vivas e saem mortas, amigos meus.  Isso faz um ano, mas eu não conseguia andar, eu fiquei super debilitado, perdi 21 quilos e eu tinha trauma, eu tinha medo que alguém me deixasse sozinho.  E eu não conseguia vim aqui sozinho e eu estou hoje aqui graças a Deus. Mas eu questionei Deus,
e pedi pra Deus. O pai do meu genro que tem a outra chácara aqui do lado ele também faleceu do covid. E eu questionava, pedia pra Deus, então eu acho que eu tenho um propósito com Deus. E eu prometi pra esse Deus  que me me tirou de lá do que eu estava e botou de volta a vida eu quero que ele tenha muito orgulho meu”, contou Gaúcho.

 

A VISITAÇÃO DAS CRIANÇAS

Depois do susto com a doença, Gaúcho entendeu seu propósito de usar o espaço que ele montou para visitação, principalmente das crianças.

“O dia que eu encontrar Deus, eu quero que ele tenha orgulho de mim. De que eu fiz alguma coisa, abrindo as portas para essas crianças, abrindo as portas para as pessoas que eu faço muita campanha ajudando as pessoas. Então eu sou um privilegiado e não vou deixar de fazer o que eu posso para o nosso ser humano, para aquilo que está precisando. Você vê o sorriso de uma criança
quando chega aqui, as crianças que vão vendo as coisas parece que ficam louquinhas, querem ver tudo na mesma hora sabe? Não tem preço ver a alegria dessas crianças”, disse Gaúcho.

O RECADO AOS PRODUTORES RURAIS

“Eu acho que o agro hoje ele é muito forte, o agricultor ele é um guerreiro eu sempre digo isso, ele é um guerreiro. Porque ele enfrenta tudo, chuva, frio. Então eu dou meus parabéns para vocês, vocês que plantam, vocês que colhem, vocês que que tem a área de laticínios, suínos, aves, eu tenho muito orgulho de vocês. Às vezes eu passo e fico olhando um cidadão em cima de um trator a 40°C e ele está lá lutando para trazer o meu pão de cada dia. Um abraço para vocês, com certeza eu desejo a vocês que Deus os abençoe, Nossa Senhora Aparecida cubra com suas benção cada um de vocês amigos agricultor”, finalizou o Gaúcho.

(Texto: Débora Damasceno – Vídeo Sirlei Benetti/ Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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