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Saber como a chuva se comporta no solo é fundamental para lavouras

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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Conhecer bem a dinâmica da água no solo, suas implicações e consequências para a atividade produtiva e também para o meio ambiente é fundamental para que o produtor rural possa tomar decisões e proteger seu maior patrimônio: a terra. Essa abordagem está presente no subprojeto “Avaliação de parâmetros hidrológicos de duas megaparcelas na região Noroeste do Paraná”, que faz parte da Rede de AgroPesquisa e Formação Aplicada Paraná (Rede AgroParaná), iniciativa que conta com recursos do governo do Estado e do SENAR-PR.

De acordo com o trabalho, a erosão é influenciada por diversos fatores, como a textura da terra. Nos solos arenosos, a infiltração de água ocorre de forma mais acelerada, enquanto em argilosos, o processo ocorre de maneira mais lenta.

 

Este estudo vem sendo conduzido em duas áreas agrícolas localizadas em Cianorte e Presidente Castelo Branco, ambas com dois hectares, localizadas na região Noroeste do Estado. Nos locais, o solo tem perfil mais arenoso. O objetivo é avaliar o efeito da erosão em diferentes condições: em ambas as megaparcelas existem áreas com terraceamento e outras sem.

“O objetivo é verificar se os terraços são uma boa estratégia para conter o escoamento superficial de água. Se eles conseguirem conter esse escoamento, é de se esperar que mais água infiltre no solo”, afirma o responsável pelo estudo, André Ribeiro da Costa, e pesquisador do Instituto Cesumar de Tecnologia e Informação e professor do curso de Agronomia da Unicesumar.

Segundo Costa, conhecendo a curva de retenção da água no solo, que possibilita medir a umidade naquela área, será possível planejar a condução das culturas. Em Presidente Castelo Branco, a cultura atual do experimento é a cana- -de-açúcar. Nas megaparcelas de Cianorte existe alternância de culturas (soja e mandioca já foram cultivados).

 

A coleta de dados é feita por meio de calhas parshall e calhas H. “Na calha H tem uma espécie de caixa d’água, que funciona como reservatório. A chuva passa pela calha H e cai nesse reservatório, onde medimos os volumes de sedimentos da água”, afirma Costa.

Como ocorreu em outros experimentos da Rede AgroParaná, a estiagem prolongada que acomete o Paraná há alguns anos afetou a coleta de dados. Sem a ação das chuvas, é impossível verificar a dinâmica da água no solo. “O objetivo é avaliar 15 chuvas, mas por enquanto tiveram só três. E não é qualquer chuva, existe uma relação entre escoamento e infiltração, queremos a chuva com escoamento”, afirma Costa.

Segundo o pesquisador, outro intuito do projeto é que, no longo prazo, tenhamos uma equação da perda de solo para o Estado do Paraná. Para chegar nesta equação, existem outros parâmetros que outros pesquisadores estão desenvolvendo no âmbito da Rede AgroParaná.

 

(Fonte: Sistema Faep)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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