Lei de reciprocidade econômica é aprovada no Senado

Em uma sessão plenária realizada na terça-feira, 1º de abril, o Senado Federal aprovou, como item extra pauta, o Projeto de Lei 2.088/2023, conhecido como Lei da Reciprocidade Econômica. Sob a condução do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a proposta foi aceita por unanimidade pelos 70 senadores presentes e segue agora para análise na Câmara dos Deputados.
O projeto, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) e relatado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), visa implementar medidas que protejam a competitividade internacional do Brasil diante de ações unilaterais praticadas por outros países ou blocos econômicos. Entre as contramedidas previstas estão a imposição de restrições à importação de produtos e até mesmo a suspensão de direitos de propriedade intelectual.
PL da Reciprocidade permite ao país reagir a barreiras comerciais
Durante a discussão no plenário, os senadores destacaram a relevância estratégica da proposta. A nova lei busca resguardar setores essenciais da economia brasileira e criar condições para que o país possa reagir de forma assertiva a pressões externas que ameacem sua soberania ou imponham desvantagens comerciais desproporcionais. A senadora Tereza Cristina, em seu parecer, ressaltou que o projeto é um marco para fortalecer a posição do Brasil em disputas comerciais internacionais, equilibrando diplomacia com a necessidade de salvaguardar interesses econômicos e sociais.
Outro ponto enfatizado na proposta é a preocupação com padrões ambientais frequentemente utilizados como barreiras comerciais contra produtos brasileiros. A Lei da Reciprocidade Econômica insere-se em um contexto maior de defesa da soberania nacional e de reafirmação do protagonismo do Brasil no cenário global. “Este é um passo importante para garantir que o Brasil tenha ferramentas adequadas para enfrentar práticas desleais e proteger seus interesses”, afirmou o senador Zequinha Marinho, autor do projeto.
A medida foi amplamente elogiada pelo setor produtivo nacional, que vê nela uma oportunidade para enfrentar com mais equidade as disputas no comércio internacional. Enquanto a proposta avança para a análise da Câmara dos Deputados, especialistas avaliam que sua eventual aprovação poderá reconfigurar as relações comerciais do Brasil, trazendo maior equilíbrio e segurança para o setor econômico do país.
(Com Senado Federal)