POLÍTICA
“O momento é inapropriado e não está adequado para nós”, diz produtor de Goiás sobre taxação do agro
#souagro| Mostramos aqui no Sou Agro que Goiás aprovou a taxação do agro por lá, por 22 votos favoráveis e 14 contra, em sessão na Assembleia Legislativa.
O plenário esteve fechado, a sessão não pôde ser acompanhada pelo público e ainda aconteceu de forma híbrida, alguns integrantes de forma presencial e outros online. A votação deveria ter ocorrido na segunda-feira (21), com casa cheia, mas foi cancelada por conta da manifestação dos agricultores que acompanharam os trabalhos. A foto mostra o plenário cheio para a sessão de segunda-feira. Nesta terça-feira, as portas estavam fechadas ao público e o projeto foi aprovado.
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E essa taxação do agro goiano tem provocado indignação entre os produtores. O setor acredita que essa medida vai barrar o crescimento da agropecuária do Estado. Ernandes Simão é produtor de grãos no município de Rio Verde. Para ele, a taxação vem num momento inapropriado.
“Este ano, estamos com custo de produção de lavoura acima de 30%, em alguns casos, chegando até 50%. E também estamos enfrentando um caso climático que era de forma inesperada por todos nós. Então é uma combinação de clima, aonde apontou a produtividade indesejável por nós e que já está sendo uma realidade atrás em plantio, produtividade baixa e custo elevado. Então, o momento é inapropriado e realmente não está adequado para nós”, diz Ernandes Simão, produtor rural de Goiás.
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PRÓXIMOS PASSOS
O projeto agora segue para a sanção do governador e só a partir daí haverá confirmação de quando a taxação começa a valer. A proposta do governador reeleito, Ronaldo Caiado (União Brasil) e levou descontentamento ao setor, que esteve articulado durante todo o processo para a aprovação da taxa.
Sobre a lei
A lei cria Fundo Estadual de Infraestrutura . A matéria recebeu o aval dos deputados, em segunda e definitiva votação, e está apta a seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).
A intenção é criar o Fundo Estadual de Infraestrutura na Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) com contribuição de até 1,65% paga pelo setor do agronegócio goiano. Conforme o art. 1 do projeto, o fundo deverá gerir os recursos da produção agrícola, pecuária e mineral no estado de Goiás, além das demais fontes de receitas definidas nele.
Também é preciso implementar, em âmbito estadual, políticas e ações administrativas de infraestrutura agropecuária, dos modais de transporte, recuperação, manutenção, conservação, pavimentação e implantação de rodovias, sinalização, artes especiais, pentes, bueiros, edificação e operacionalização de aeródromos.