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Batata e cebola tiveram grandes aumentos nos preços; saiba os motivos

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro|O 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta sexta-feira (18) mostra que principalmente para a batata e cebola apresentaram movimento de alta nos preços.

No caso da batata, mesmo com a maior oferta na maioria dos mercados atacadistas, houve queda significativa na produção enviada a partir de São Paulo e os preços subiram, atingindo a variação máxima de 63,52% na Ceasa de Fortaleza/CE, seguida pela alta de 50,06% na Ceasa de São José/SC.

 

Já para a cebola, a redução de 6% da oferta nacional em relação a setembro, as chuvas constantes e intensas nas áreas produtoras que prejudicam a colheita e a disponibilidade internacional nesta época não permite realizar importações que possam cobrir a demanda no mercado. Com isso, o aumento chegou a 45,61% em Brasília/DF e 28,64% em Recife/PE. Além desses, o tomate também teve alta de 71,61% em Brasília/DF, de 60,56% em São José/SC e de 53,87% em Belo Horizonte/MG. Esse comportamento dos preços do tomate é típico para o período, que é de menor oferta após finalização da safra de inverno.

 

Em contrapartida a cenoura apresentou preços mais baixos em alguns dos mercados atacadistas do país em outubro, especialmente nas Centrais de Abastecimento de Goiânia/GO (-12,76%), de Rio Branco/AC (-10,55%) e do Rio de Janeiro/RJ (-6,47%). As informações estão n

Mesmo apresentando queda no último mês, o movimento de preços baixos para a cenoura não se manteve em todos os mercados. Nas Ceasas de Brasília/DF (16,38%) e de Recife/PE (4,12%) houve aumento. O acréscimo na oferta desta cultura deve-se à recuperação da produção, sobretudo em Minas Gerais. O Boletim ressalta ainda que os menores níveis de oferta foram entre fevereiro e abril, sendo que em maio ampliou-se significativamente, cerca de 25%. Os novos níveis parecem atender a demanda, pois desde maio a oferta se mantém praticamente constante, com preços em declínio.

Frutas

No mês de outubro, dentre as frutas analisadas, laranja, maçã, mamão e melancia apresentaram alta de preços na maioria dos mercados atacadistas. A tendência de alta de uma forma geral ainda é reflexo da diminuição da rentabilidade no último ano, o que causou uma redução da oferta, além de fatores climáticos, mais notadamente no caso da maçã, produto que teve uma redução da safra atual. Apesar da tendência geral de alta, a banana teve baixa nos preços considerando a média ponderada, favorecida pelo mês marcado por demanda regular, com preços quase estáveis em grande parte das Ceasas.

Somente para a variedade nanica o movimento foi de elevação, devido à menor produção deste ano. Mesmo assim, as cotações da banana diminuíram especialmente em Fortaleza/CE (-30,13%) e Recife/PE (-13,60%), onde a banana passou a custar entre R$ 1,07 e R$ 1,33 o quilo, respectivamente.

 

Exportação

Até outubro de 2022, os números acumulados das exportações brasileiras de frutas foram inferiores aos envios no mesmo período de 2021 – tanto em volume quanto em receita. O total exportado foi de 785 mil toneladas, inferior em 16,79% em relação ao mesmo período do ano anterior, com faturamento da ordem de US$ 795 milhões, 14,54% abaixo daquilo que foi computado até outubro de 2021.

De acordo com o Boletim, essa queda pode ser explicada devido ao custo alto de produção (frete e insumos) que influenciaram na menor produção, o conflito entre Rússia e Ucrânia, as intempéries climáticas, desaceleração no pós-pandemia e problemas com logística. As principais frutas exportadas foram mangas, melões, limões e limas, melancias e bananas. O destaque se dá para a queda das exportações de maçã, que no acumulado do ano estão 64,74% menores do que o observado no mesmo período do ano passado.

A pesquisa desta edição foi realizada com base nos preços das Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE, Rio Branco/AC e Porto Alegre/RS.

(Com Conab)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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