Foto: Embrapa

Pequi sem espinhos: produtores rurais poderão plantar novas cultivares

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Embrapa

#souagro| Em agosto nós falamos aqui no Sou Agro sobre o pequi sem espinhos que após 25 anos de pesquisa  começaria a ser vendido. Agora os produtores já vão poder começar o plantio das novas cultivares.

Pois é, a Embrapa Cerrados e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária lançaram na última semana em Goiânia (GO), seis cultivares de pequi, três com espinhos no endocarpo (caroço) e três sem espinhos.

 

É a primeira vez que estão sendo lançadas cultivares de uma fruteira nativa arbórea perene do Cerrado. Os novos materiais alinham elevada produtividade e qualidade de polpa, atendem a necessidades de agroindústrias e de consumidores e contribuem para a preservação da espécie.

“Chegamos a esse resultado com muito trabalho, esforço, ciência e tecnologia”, afirma o pesquisador Ailton Pereira, da Embrapa Cerrados. Foram 25 anos de pesquisa e de trabalho em parceria, conduzidos pelas duas instituições, com a participação também de produtores.

 

As cultivares foram registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para cultivo em pequena escala na região de Goiânia e em outros locais com condições climáticas semelhantes, mediante avaliações prévias.

A partir de agora, produtores rurais poderão plantar o pequizeiro em pomares comerciais, utilizando um adequado sistema de produção, com garantia de uniformidade, qualidade, precocidade e produtividade.

 

Diversificação genética

“Estamos lançando seis cultivares ao mesmo tempo pela necessidade de diversificação genética da plantação”, esclarece Pereira. Segundo ele, o objetivo é favorecer a fecundação cruzada e o aumento da produção de frutos. “Trata-se também de uma medida preventiva contra futuras doenças ou pragas. É uma estratégia que deve ser adotada para minimizar o risco fitossanitário”, alerta.

 

Com o lançamento de variedades sem espinhos, o consumo desse fruto de aroma e sabor marcantes e que faz parte da culinária e da cultura regional, principalmente dos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e do Distrito Federal, deve aumentar, na opinião do pesquisador.

Além de evitar acidentes ao consumir e manusear o produto, essa característica favorece a mecanização do processo de extração da polpa e facilita o acesso à amêndoa. “Outra vantagem do pequi sem espinhos é que a polpa dele possui sabor mais suave o que, com certeza, vai agradar ao público que hoje tem resistência ou mesmo rejeita consumir o fruto”, acredita.

(Leia a pesquisa completa da Embrapa AQUI)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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