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Em segundo turno, Bolsonaro e Lula vão disputar à presidência do Brasil

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Em uma das eleições mais acirradas da história, Bolsonaro e Lula vão disputar o segundo turno para presidência do Brasil. Com 95% dos votos apurados, Bolsonaro recebeu 43,79% dos votos. Já Lula teve 47,75% da votação.

O segundo turno para presidente e governador está marcado para 30 de outubro. As datas correspondem ao primeiro e último domingo do mês, conforme prevê a Constituição Federal. Os eleitos serão diplomados até o dia 19 de dezembro de 2022.

AS PROPOSTAS PARA O AGRO:

Lembrando que ao longo dos últimos dias mostramos às propostas voltadas ao agro de todos os candidatos. Para o segundo turno relembre parte dessas propostas e também leia o texto completo. Começando com Jair Bolsonaro do PL.

BOLSONARO

candidato

A proposta de governo de Bolsonaro tem 48 páginas e manteve o agronegócio em destaque que foi especificado no item: “Promover e Fortalecer a Capacidade de Agregação de Valor da Agropecuária e da Mineração”, com as seguintes informações.

“Após a reeleição, devem ser estimuladas empresas modernas de beneficiamento, incluindo cooperativas, pequenos e grandes produtores. A bioeconomia deve ser abordada no Plano de Governo, de forma a oferecer soluções sustentáveis dos mais variados sistemas de produção, com especial atenção à agropecuária a fim de substituir ao máximo recursos fósseis e não-renováveis. Nesta direção, o Governo Bolsonaro, no seu segundo mandato, intensificará as ações de promoção da competitividade e transformação do agronegócio, por meio do desenvolvimento e da incorporação de novas tecnologias biológicas, digitais e portadoras de inovação, permitindo o crescimento vertical da agropecuária, com sustentabilidade econômica, social e ambiental”.

 

“Igualmente, em consonância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o governo fortalecerá a promoção de sistemas sustentáveis de produção de alimentos e a implantação de práticas agrícolas que aumentem a produtividade e a produção, mantendo os ecossistemas e a capacidade de adaptação às mudanças do clima, melhorando progressivamente as oportunidades de geração de emprego e renda dos produtores rurais, especialmente dos pequenos e médios produtores e dos agricultores familiares. Também terão especial atenção os Programas de Defesa Agropecuária, dos quais dependem tanto a saúde humana, a contínua expansão da produção agropecuária brasileira e o acesso competitivo aos mercados externos. Trata-se de agregar valor naquilo que é exportado, muitas vezes na forma de simples commodities, em produtos de qualidade, acabados ou semiacabados, que aumentem as divisas nacionais, respeitem o meio ambiente e possibilitem uma melhoria constante no saldo de nossa balança comercial. Deve-se aumentar a produção nacional de fertilizantes. A siderurgia, a metalurgia e as indústrias de base também devem receber especial atenção para agregar valor, crescimento socioeconômico, geração de emprego e renda, e aumento do bem-estar da população”, continua este trecho.

O agro também aparece no item: “Redução das Dependências Externas”, com a seguinte proposta de Bolsonaro: ” Em um mundo altamente conectado, é natural que os países não sejam capazes de produzir tudo o que necessitem na velocidade das demandas. Cabe ao Estado compreender quais aspectos de sua economia devem ter seu ciclo ou cadeia produtiva dominado internamente, com redução das dependências e vulnerabilidades externas e ao Governo implementá-los. E no caso de dependência, identificar quais são as alternativas internas e externas para substituição na eventualidade de baixa oferta externa. Os recentes cenários de tensão socioeconômica e geopolítica, como a pandemia e o conflito entre a Federação da Rússia e a Ucrânia, demonstram os riscos de cadeias de suprimento demasiadamente concentradas e frágeis”.

 

“O Brasil e outros países se mostraram dependentes de insumos necessários à proteção da população contra pandemias, como máscaras, respiradores, medicamentos e vacinas. Ao mesmo tempo, o sistema de saúde e a base industrial e tecnológica brasileira demonstraram resiliência e potencial promissor para superar tais desafios e, até mesmo, fornecer insumos essenciais a outros países, em particular os vizinhos. Por ocasião do conflito em curso na Eurásia, veio à tona a dependência de fertilizantes, essenciais para o agronegócio nacional e para a segurança alimentar mundial. Cumpre, portanto, para a redução da dependência externa, a definição de áreas estratégicas que sejam objeto de investimentos de médio e longo prazo, preparando-se para as contingências do futuro e oferecendo ao País segurança de abastecimento e capacidade competitiva cada vez maior. É importante não ser reativo nesse assunto e preparar-se para responder às crises antes que aconteçam. O Brasil deve ser não frágil, mas “antifrágil”, ou seja, tornar-se mais capaz e seguro a cada novo desafio externo. Deve procurar visualizar as diversas possibilidades e cenários externos décadas à frente, e não só esperar pelo melhor. O Brasil deve colocar em marcha um ciclo virtuoso que envolva não só a capacidade física, mas também a capacitação de mão de obra capaz de construir e manter as áreas estratégicas. O fomento do crédito à produção e a promoção do empreendedorismo são fundamentais. Educação, indústria, agricultura, energia, telecomunicações, transporte, finanças e serviços devem conjugar-se harmonicamente para fortalecer a capacidade do Brasil de se adaptar às mudanças do cenário internacional. As eventuais carências e defi ciências devem ser enfrentadas decisivamente por meio da estruturação dos setores prioritários e das áreas estratégicas para o Brasil. Aspectos como tecnologia de ponta, energia limpa, escolas com currículos adaptados às necessidades de um mundo digitalizado, indústria flexível e adaptativa, e capacidade de agregar valor aos recursos naturais irão gerar renda, emprego e bem-estar social. É necessário pragmatismo no relacionamento com outros países nesse aspecto. Devem-se buscar parcerias comerciais e tecnológicas com aquelas nações que ofereçam respostas às necessidades do País, que complementem aquilo que não é possível ser integralmente dominado pela indústria nacional e que estejam dispostas a ser nossas sócias para diversifi car e melhorar o que é feito aqui. Cita-se como caso de sucesso a transferência de tecnologia, internalização e domínio nacional de todo o ciclo de produção da vacina contra a Covid-19 pelo Governo Federal, por intermédio da Fiocruz”, diz a proposta.

Para conferir a proposta de governo completa de Bolsonaro para o próximo mandato, clique AQUI.

LULA

 

A proposta de governo do candidato do PT, tem 21 páginas e com relação ao agro, a proposta diz que “é preciso fortalecer e modernizar a estrutura produtiva por meio da reindustrialização, do fortalecimento da produção agropecuária e do estímulo a setores e projetos inovadores. Estamos comprometidos com a soberania alimentar, por meio de um novo modelo de ocupação e uso da terra urbana e rural, com reforma agrária e agroecológica, com a construção de sistemas alimentares sustentáveis, incluindo a produção e consumo de alimentos saudáveis. Daremos apoio à pequena e média propriedade agrícola, em especial à agricultura familiar. Políticas de compras públicas podem servir de incentivo à produção de alimentos saudáveis e de qualidade – que têm tido sua área plantada reduzida nos últimos anos por falta de apoio do Estado –, e de estímulo à ampliação das relações diretas dos pequenos produtores e consumidores no entorno das cidades”.

O candidato também diz que “o fortalecimento da produção agrícola, nas frentes da agricultura familiar, agricultura tradicional e do agronegócio sustentável, é estratégico para repensar o padrão de produção e consumo e a matriz produtiva nacional, com vistas a oferecer alimentação saudável para a população. A experiência brasileira já demonstrou que esse é o caminho para superar a crise alimentar e ampliar a produção de alimentação adequada e saudável, por meio de medidas que reduzam os custos de produção e o preço de comercialização de alimentos frescos e de boa qualidade, fomentem a produção orgânica e agroecológica e incentivem sistemas alimentares com parâmetros de sustentabilidade, de respeito aos territórios e de democratização na posse e uso da terra”.

 

Ele também garante que “a Embrapa será fortalecida para identificar potencialidades dos agricultores e assegurar mais avanços tecnológicos no campo, essenciais para a competitividade e sustentabilidade tanto dos pequenos quanto dos grandes produtores. A produção agrícola e pecuária é decisiva para a segurança alimentar e para a economia brasileira, um setor estratégico para a nossa balança comercial. Precisamos avançar rumo a uma agricultura e uma pecuária comprometidas com a sustentabilidade ambiental e social. Sem isso, perderemos espaço no mercado externo e não contribuiremos para superar a fome e o acesso a alimentos saudáveis dentro e fora das nossas fronteiras”.

Na proposta de governo, também consta que “é imprescindível agregar valor à produção agrícola com a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial, e fortalecer a produção nacional de insumos, máquinas e implementos agrícolas, fomentando o desenvolvimento do complexo agroindustrial. É preciso garantir a modernização e a ampliação da infraestrutura de logística de transporte, social e urbana, com um vigoroso programa de investimentos públicos. Vamos assegurar a imediata retomada do investimento em infraestrutura, fundamental para a volta do crescimento e decisivo para reduzir os custos de produção”.

A proposta completa do candidato você confere AQUI.

(Débora Damasceno/Sou Agro – com informações do TSE)

(FotoS: Divulgação)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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