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FAO emite alerta sobre aumento nos casos de gripe aviária; Brasil permanece livre da doença

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Os casos de gripe aviária estão aumentando em todo mundo, milhares de aves foram sacrificadas em várias regiões da Europa, Ásia, África e EUA por conta do vírus. Por conta disso, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), emitiu o pedido que recomenda que os países e territórios da América Central e do Sul estejam em alerta máximo para mortalidade de aves silvestres e surtos ou mortalidade incomum em aves pela doença.

Conforme a FAO, desde o início de 2022, houve uma rápida disseminação do vírus na América do Norte, e informações recentes indicam a circulação viral em certas populações de aves selvagens na região. Dado o início da próxima migração de outono de muitas espécies de aves da América do Norte para a América Central e do Sul, o risco de introduções de HPAI aumenta em áreas de inverno atualmente não afetadas, conforme a FAO.

 

Neste sentido, a organização alerta sobre a importância de que os países e territórios das regiões da América Central e do Sul preparem e fortaleçam suas medidas de detecção precoce, diagnóstico adequado e resposta precoce, tanto em aves silvestres quanto em aves de criação.

Desde 2020, o mundo testemunhou uma onda intercontinental sem precedentes de HPAI H5 afetando tanto as populações de aves selvagens quanto as populações de aves domésticas. O HPAI H5 atingiu mais de 70 países na Eurásia, África e Américas, colocando em risco a indústria avícola. Durante esse período, 18 países relataram a doença pela primeira vez. A atual persistência do HPAI H5 e sua disseminação para áreas anteriormente não afetadas se deve em grande parte à introdução de aves selvagens e sua subsequente disseminação nacional e regional pelo comércio de aves.

Confira o alerta completo.

MERCADO BRASILEIRO

Quando falamos em todos esses casos de gripe aviária espalhados pelo mundo, muita gente questiona onde o Brasil entra nessa preocupação, mas a realidade é que neste cenário, o mercado brasileiro acaba sendo beneficiado, isso porque, o risco da doença em outros países exportadores, abre oportunidades ao Brasil.

 

“É importante a gente dizer que o Brasil é um país livre de gripe aviária e nunca tivemos o registro dessa enfermidade aqui no nosso país. Isso faz com que o Brasil tenha um status sanitário de excelência. Com isso, o Brasil pode hoje acessar mais de 150 mercados, estamos trabalhando na abertura de novos mercados, mas o Brasil hoje já é um país que acessa o maior número de mercados no exterior”, disse o diretor de mercados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Luis Rua em entrevista ao Sou Agro.

Como os surtos de gripe aviária geraram muitos bloqueios aos países afetados, o Brasil teve abertura de muitas portas para exportação: “Nesses últimos meses com a influenza aviária banindo alguns dos nossos competidores, os Estados Unidos foram banidos de alguns países, a própria Europa também banida de alguns países que exigem esse status de excelência, o Brasil tem vindo  a ocupar um pouco desses espaços. Tem aumentado as suas exportações na casa de 8% no acumulado do ano e a expectativa é que com esse status sanitário de excelência, com todo o trabalho desenvolvido de qualidade, de sustentabilidade das agroindústrias é que o Brasil possa manter um caminho bastante importante quando a gente fala das exportações, o Brasil sendo cada vez mais chamado pelo mundo a contribuir com a segurança alimentar”, finalizou Luis.

FISCALIZAÇÃO REFORÇADA NO  PARANÁ

No Paraná, grande responsável pela produção avícola brasileira, os olhos se voltam para a abertura de novos mercados, mas também por redobrar os cuidados sanitários.

“Ao mesmo tempo que esses focos de influenza aviária de alta patogenicidade em outros países são uma oportunidade para o Brasil, já que esses países perdem os mercados nos quais eles exportam seus produtos. Isso  preocupa bastante o serviço veterinário aqui do país, em especial aqui no Paraná em função da disseminação na entrada da doença por meio de aves migratórias, importações de produtos contaminados, pessoas de fora do sistema visitando os aviários e tendo contato com as aves aqui produzidas entre outros meios de contaminação e disseminação da doença”, disse Rafael Gonçalves Dias, Médico Veterinário e Gerente de Saúde Animal da Adapar.

(Débora Damasceno/Sou Agro – com ASGAV)

Foto: reprodução

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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