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Eleições: Saiba as propostas para o agro do candidato Jair Bolsonaro

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Desde sexta-feira (02) o portal Sou Agro está trazendo a vocês as propostas voltadas para o agronegócio dos candidatos à presidência da república. Foram 12 candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral, mas um deles foi indeferido e o outro cancelou a candidatura, com isso, vamos trazer a proposta individual de cada candidato. Hoje quem terá as propostas do agro publicadas aqui no portal é o candidato Jair Messias Bolsonaro, que registrou o nome como Jair Bolsonaro e disputa à reeleição. Ele é do Partido Liberal (PL) e tem como candidato à vice-presidente Walter Souza Braga Netto que registrou a candidatura como Braga Netto.

 

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A proposta de governo do candidato tem 48 páginas e o agronegócio está especificado no item: “Promover e Fortalecer a Capacidade de Agregação de Valor da Agropecuária e da Mineração”, com as seguintes informações.

“Após a reeleição, devem ser estimuladas empresas modernas de beneficiamento, incluindo cooperativas, pequenos e grandes produtores. A bioeconomia deve ser abordada no Plano de Governo, de forma a oferecer soluções sustentáveis dos mais variados sistemas de produção, com especial atenção à agropecuária a fim de substituir ao máximo recursos fósseis e não-renováveis. Nesta direção, o Governo Bolsonaro, no seu segundo mandato, intensificará as ações de promoção da competitividade e transformação do agronegócio, por meio do desenvolvimento e da incorporação de novas tecnologias biológicas, digitais e portadoras de inovação, permitindo o crescimento vertical da agropecuária, com sustentabilidade econômica, social e ambiental”.

“Igualmente, em consonância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o governo fortalecerá a promoção de sistemas sustentáveis de produção de alimentos e a implantação de práticas agrícolas que aumentem a produtividade e a produção, mantendo os ecossistemas e a capacidade de adaptação às mudanças do clima, melhorando progressivamente as oportunidades de geração de emprego e renda dos produtores rurais, especialmente dos pequenos e médios produtores e dos agricultores familiares. Também terão especial atenção os Programas de Defesa Agropecuária, dos quais dependem tanto a saúde humana, a contínua expansão da produção agropecuária brasileira e o acesso competitivo aos mercados externos. Trata-se de agregar valor naquilo que é exportado, muitas vezes na forma de simples comodities, em produtos de qualidade, acabados ou semiacabados, que aumentem as divisas nacionais, respeitem o meio ambiente e possibilitem uma melhoria constante no saldo de nossa balança comercial. Deve-se aumentar a produção nacional de fertilizantes. A siderurgia, a metalurgia e as indústrias de base também devem receber especial atenção para agregar valor, crescimento socioeconômico, geração de emprego e renda, e aumento do bem-estar da população”, continua este trecho.

 

O agro também aparece no item: “Redução das Dependências Externas”, com a seguinte proposta: ” Em um mundo altamente conectado, é natural que os países não sejam capazes de produzir tudo o que necessitem na velocidade das demandas. Cabe ao Estado compreender quais aspectos de sua economia devem ter seu ciclo ou cadeia produtiva dominado internamente, com redução das dependências e vulnerabilidades externas e ao Governo implementá-los. E no caso de dependência, identificar quais são as alternativas internas e externas para substituição na eventualidade de baixa oferta externa. Os recentes cenários de tensão socioeconômica e geopolítica, como a pandemia e o conflito entre a Federação da Rússia e a Ucrânia, demonstram os riscos de cadeias de suprimento demasiadamente concentradas e frágeis”.

“O Brasil e outros países se mostraram dependentes de insumos necessários à proteção da população contra pandemias, como máscaras, respiradores, medicamentos e vacinas. Ao mesmo tempo, o sistema de saúde e a base industrial e tecnológica brasileira demonstraram resiliência e potencial promissor para superar tais desafios e, até mesmo, fornecer insumos essenciais a outros países, em particular os vizinhos. Por ocasião do conflito em curso na Eurásia, veio à tona a dependência de fertilizantes, essenciais para o agronegócio nacional e para a segurança alimentar mundial. Cumpre, portanto, para a redução da dependência externa, a definição de áreas estratégicas que sejam objeto de investimentos de médio e longo prazo, preparando-se para as contingências do futuro e oferecendo ao País segurança de abastecimento e capacidade competitiva cada vez maior. É importante não ser reativo nesse assunto e preparar-se para responder às crises antes que aconteçam. O Brasil deve ser não frágil, mas “antifrágil”, ou seja, tornar-se mais capaz e seguro a cada novo desafio externo. Deve procurar visualizar as diversas possibilidades e cenários externos décadas à frente, e não só esperar pelo melhor. O Brasil deve colocar em marcha um ciclo virtuoso que envolva não só a capacidade física, mas também a capacitação de mão de obra capaz de construir e manter as áreas estratégicas. O fomento do crédito à produção e a promoção do empreendedorismo são fundamentais. Educação, indústria, agricultura, energia, telecomunicações, transporte, finanças e serviços devem conjugar-se harmonicamente para fortalecer a capacidade do Brasil de se adaptar às mudanças do cenário internacional. As eventuais carências e defi ciências devem ser enfrentadas decisivamente por meio da estruturação dos setores prioritários e das áreas estratégicas para o Brasil. Aspectos como tecnologia de ponta, energia limpa, escolas com currículos adaptados às necessidades de um mundo digitalizado, indústria flexível e adaptativa, e capacidade de agregar valor aos recursos naturais irão gerar renda, emprego e bem-estar social. É necessário pragmatismo no relacionamento com outros países nesse aspecto. Devem-se buscar parcerias comerciais e tecnológicas com aquelas nações que ofereçam respostas às necessidades do País, que complementem aquilo que não é possível ser integralmente dominado pela indústria nacional e que estejam dispostas a ser nossas sócias para diversifi car e melhorar o que é feito aqui. Cita-se como caso de sucesso a transferência de tecnologia, internalização e domínio nacional de todo o ciclo de produção da vacina contra a Covid-19 pelo Governo Federal, por intermédio da Fiocruz”, diz a proposta.

Para conferir a proposta de governo completa do candidato, clique AQUI.

Veja as propostas dos demais candidatos já publicadas:

(Débora Damasceno/Sou Agro – com informações do TSE)

Foto: Marcos Corrêa/PR

(Débora Damasceno/Sou Agro)