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Boa nutrição dos bovinos garante melhor desempenho dos animais

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
#souagro| A boa nutrição dos bovinos leva ao melhor desempenho dos animais.  A queda na ingestão de água induz diretamente a redução no consumo de alimento pelos bovinos, e a principal consequência deste fenômeno na ingestão de matéria seca é a diminuição no desempenho animal, além das alterações digestivas e distúrbios metabólicos, que podem, em casos severos, levar à morte.
A água é o ingrediente mais importante na dieta de um bovino, pois o animal consegue sobreviver por mais tempo sem ingerir alimento do que sem o consumo de água. Isso ocorre pois os animais podem sobreviver perdendo até 100% de seu tecido adiposo (gordura) e mais de 50% da proteína corporal, mas, se perderem de 10% a 12% da água corporal, morrem.   A Responsável Técnica da Minerthal Letícia de Souza explica que a água representa cerca de 50 a 73% do peso vivo de um bovino adulto, e, dessa forma, já é possível perceber a importância deste nutriente para o animal. “Algumas das funções vitais da água no organismo são a regulação da temperatura corporal, transporte de nutrientes metabólitos, normal fermentação e metabolismo no rúmen, determinação do fluxo do alimento no trato digestivo e do volume normal de sangue, suprimento das demandas dos tecidos corporais, umidificação, lubrificação, entre outras”. O consumo de água pode variar de acordo com o peso e tamanho corporal, raça, idade, e estágio fisiológico do animal. Além disso, a ingestão deste líquido pode ser influenciada pelos seguintes fatores: alimentação, matéria seca, energia e teor de sódio. Aspectos ambientais, como temperatura, radiação e umidade do ambiente, restrição ou oferta de água, acesso e distância do fornecimento da bebida também podem reduzir ou aumentar o consumo de água.   “Sabemos que um animal adulto consome, em média, 2,5% do seu peso vivo em matéria seca e que a ingestão de água é de aproximadamente 4 a 5 litros de água/kg de matéria seca ingerida. Considerando-se bovinos de dois anos, a necessidade mínima é de 8 a 9 litros a cada 100 quilos de peso vivo, em condições de manejo adequado, distância correta de bebedouros e clima temperado. Em confinamentos em que as dietas, geralmente, são mais energéticas e o ambiente apresenta maior densidade de animais por metro quadrado, o consumo de água é maior”, detalha Letícia. As limitações na ingestão do líquido podem ser resultado de fatores como dominância social, barreiras físicas, estreitamento dos trilheiros na chegada às fontes de água, baixa disponibilidade e qualidade, infraestrutura imprópria e manejo inadequado dos rebanhos.   As fontes de água mais comuns em propriedades de gado de corte são bebedouros, açudes, cacimbas, rios, córregos e lagoas naturais. Fontes contaminadas representam sérios riscos à saúde dos animais e, consequentemente, têm um impacto negativo na produção. Diarreia, eimeriose, leptospirose, botulismo, verminoses são algumas das doenças que podem afetar diretamente a saúde do animal.. A alimentação dos ruminantes é fundamental para o desempenho produtivo e reprodutivo do rebanho. Para isso, o consumo de água e dos alimentos essenciais é a base para o sucesso. “Suplementar os nutrientes faltantes no pasto é uma forma de corrigir a nutrição, mas, para êxito na suplementação, admitimos que o ‘arroz e feijão’ já estão sendo feitos, portanto, é indispensável a atenção com a água em qualquer tipo de sistema produtivo de bovinos”, finaliza Letícia. (Tatiane Bertolino/Sou Agro - com assessoria de imprensa) Foto: Assessoria de Imprensa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)