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Casos de gripe aviária em outros países abrem oportunidades para o Brasil

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| Os casos de gripe aviária estão aumentando em todo mundo, milhares de aves foram sacrificadas em várias regiões da Europa, Ásia, África e EUA por conta do vírus. A situação está se agravando, inclusive, nesta semana os Estados Unidos e a China, confirmaram o primeiro caso de gripe aviária H3N8 em humanos.

Na China a doença foi detectada em menino de quatro anos da província central de Henan, que havia desenvolvido febre e outros sintomas no dia 5 de abril, mas a autoridade sanitária do país afirma que o risco de transmissão para outras pessoas é baixo. Nos EUA o primeiro caso humano conhecido de gripe aviária foi registrado no Colorado. O paciente que testou positivo para o vírus estava envolvido no abate de aves que possivelmente estavam infectadas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano. No comunicado, o país garante que: “Este caso não altera a avaliação de risco humano para o público em geral, que o CDC considera baixa”, acrescentou a agência.

“A influenza aviária está presente em todos os continentes, exceto aqui na América do Sul e segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, a OIE, a a influência viária de alta patogenicidade já foi reportada em mais de 22 países pelo mundo só em 2021. Com destaque aí aos continentes africanos e asiáticos e também o continente europeu que tiveram notificações na Inglaterra, França, Itália, Espanha, Suíça, Suécia, Alemanha entre outros”, detalha Rafael Gonçalves Dias, Médico Veterinário e Gerente de Saúde Animal da Adapar.

 

OPORTUNIDADES E ALERTA AO BRASIL

Mas quando falamos em todos esses casos de gripe aviária espalhados pelo mundo, muita gente questiona onde o Brasil entra nessa preocupação, mas a realidade é que neste cenário, em partes o mercado brasileiro acaba sendo beneficiado , isso porque, o risco da doença em outros países exportadores, abre oportunidades ao Brasil, mas também gera alerta: “Esse ano nós tivemos uma notificação nos Estados Unidos, que é um dos principais produtores de carne de frango, concorrente direto nas exportações com o Brasil. Caso esse que já foi reportado também em outros anos passados lá nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que esses focos de influenza aviária de alta patogenicidade em outros países são uma oportunidade para o Brasil, já que esses países perdem os mercados nos quais eles exportam seus produtos. Isso  preocupa bastante o serviço veterinário aqui do país, em especial aqui no Paraná em função da disseminação na entrada da doença por meio de aves migratórias, importações de produtos contaminados, pessoas de fora do sistema visitando os aviários e tendo contato com as aves aqui produzidas entre outros meios de contaminação e disseminação da doença”, explica Rafael.

 

FISCALIZAÇÃO E PREVENÇÃO

Para manter o Brasil sem casos da gripe aviária, a fiscalização é intensa e as equipes de fiscalização estão sempre em alerta: “A agência de Defesa Agropecuária do Paraná é responsável pela vigilância e prevenção de doenças de alto impacto na saúde animal como a influenza aviária. Essa doença que além de afetar de forma significativa a nossa economia ainda pode causar sérias consequências na saúde pública, já que pode ser transmitida para as pessoas. O Brasil é um dos principais produtores de carne de frango do mundo, sendo o maior exportador e a região Sul é responsável por 65% dessa produção. Sendo o Paraná responsável por 34% da produção nacional e 40% das exportações de carne de de frango do país. Acessamos mais de 150  países e esse trabalho portanto de prevenção e vigilância devem ser permanentes em especial aqui no Paraná já que a introdução de uma doença como a influenza aviária de alta patogenicidade pode causar sérios riscos econômicos para o estado”, finaliza Rafael

(Débora Damasceno/Sou Agro)

 

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