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Carne bovina: perspectiva para os próximos anos

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A carne bovina está presente diariamente na vida dos brasileiros, mas muita gente não sabe a importância que o produto representa para o país. Os dados da produção de carne são impressionantes e mostram como este mercado é de grande importância para a economia brasileira. Marcos Fava Neves, o Dr Agro apresenta uma perspectiva e os resultados em números sobre a produção de carne bovina no país.

VEJA O VÍDEO:

 

Dr. Agro detalha muitas informações importantes que mostram a dimensão deste importante mercado.

 

Quanto é produzido hoje e quanto será produzido e consumido daqui 10 anos?

A produção e o consumo de carne vêm crescendo ao longo dos anos, como detalha Dr. Agro: “Podemos dizer que hoje está ao redor de 61 milhões de toneladas, mas a boa notícia é que ela vai para 76 milhões de tonelada daqui a 10 anos. Esses 25 % de crescimento representa uma grande importância para geração de empregos, produção, movimentação da cadeia produtiva aqui no Brasil que é e será cada vez mais o produtor mais competitivo de carne bovina.”

Quem são os maiores produtores de carne bovina do mundo?

O Brasil está em segundo lugar na produção mundial de carne bovina, mas Dr. Agro diz que nosso país tem tudo para liderar este ranking: “Primeiro os EUA, ao redor de 12 milhões de toneladas produzidas por ano. Segundo vem o Brasil com 10 milhões de toneladas/ano. Terceiro lugar vem a União Europeia, juntando vários países com algo em torno de 8 milhões de toneladas. Produções relevantes também existem na Argentina, na Austrália, na China, Índia, México, mas estão aquém dos três maiores produtores. Mas eu acredito que em 10 anos a nossa produção que está em uma crescente pode passar os EUA e o Brasil atingir o posto de maior produtor de carne bovina do mundo.”

 

Quem consome a carne bovina produzida?

A produção e o consumo são equilibrados então existem também um ranking para quem se alimenta desta carne: “ Em primeiro lugar, os EUA com 12 milhões de toneladas/ano. Depois 2 º, 3 º e 4 º vem embolado: China, Brasil e União Europeia, a China um pouco a frente com 8,3  milhões de toneladas/ano, o Brasil com 8,1 milhões e a União Europeia com 7,7 milhões. E aí vem Argentina com 2,5 milhões de toneladas/ano. Desses países onde teremos grandes surpresas, é a China que experimentou o bife e para nossa sorte gostou do bife. Hoje eles comem 4kg/ano por habitante e daqui 10 anos a expectativa é chegar a 8kg/ano. Tem muita oportunidade de crescimento pela frente”, detalha Dr. Agro.

Quem importa carne bovina?

Tem país que consome muita carne e possui uma produção menor que a demanda, por isso entra no mercado como comprador do produto: “A China aparece em primeiro lugar, em torno de 2,5 milhões de toneladas de importação por ano e em segundo lugar os americanos  com 1,5 milhão de toneladas/ano. Os americanos apesar de produzir muito, também importam um pouco e exportam uma quantidade considerável de carne bovina. Na minha opinião quem vai aumentar a importação são os países que tem dificuldade de crescer a produção e aí tem a China, outros países da Ásia o Oriente médio entre outros. Com isso, mais um vez o Brasil se coloca como país mais rápido a assumir esses espaços que aparecerão no mercado mundial nos próximos 10 anos”, explica Dr. Agro.

 

Para aumentar a produção de bovinos é preciso expandir as áreas no Brasil?

É preciso entender o que é produção e o que é produtividade: “Você pode ter um grande aumento de produção sem precisar aumentar a área, porque você está sendo mais eficiente, aumentando o número de animais em cada hectare e isso se chama lotação e é isso que o Brasil tem feito, um ganho de produtividade espetacular nos últimos anos. Para explicar a diferença entre produção e produtividade, a pecuária brasileira é um exemplo fantástico. A produção brasileira de carne bovina cresceu 130% e a área usada caiu entre 15 e 20%, isso traz um ganho de produtividade de 170%. Então nós estamos produzindo muito mais carne em um espaço menor, utilizando de tecnologias que permitem desde pastagens mais eficientes, maior número de animais por área e cuidado com os animais. Tudo isso transformou a pecuária brasileira em um show de eficiência”, Finaliza Dr. Agro.

 

(Débora Damasceno/ Sou Agro – com Dr. Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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