Milho

Milho: em 20 anos produção brasileira subiu de 40 mi/t para 100 mi/t

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
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Entre as notícias que publicou em 4 de junho de 2001, o AviSite destacava que naquele exercício o Brasil deveria atingir novo recorde na produção de milho, superando, pela primeira vez, os 40 milhões de toneladas. Acrescentava que, da produção prevista, cerca de 85% estariam representados por produto proveniente da primeira safra (clique aqui para acessar a notícia completa).

Duas décadas depois os níveis de provisão são absolutamente inversos. A primeira safra deve responder por menos de um quarto da produção total que, nesse espaço de tempo, aumentou quase 150%. Mas graças, exclusivamente, à segunda safra – que registra aumento de mais de mil por cento – pois, ao contrário de aumentar, o volume da primeira safra sofreu redução superior a 30%.

Interessante notar que, frente a uma expansão de quase 150% na produção de milho, tanto a produção de carne de frango como a de ovos aumentou em torno de 135%, o que deveria dar tranquilidade de abastecimento aos produtores avícolas.

O detalhe, aqui, é que as exportações do produto nesses 20 anos aumentaram mais de 400%, passando de pouco mais de 6 milhões de toneladas em 2001 para 32 milhões de toneladas em 2021 (previsão recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais – ANEC).

Ou seja: a disponibilidade interna de milho aumentou não mais que 100%, o que, aliado ao aumento de preço (valorização do dólar e do próprio milho no mercado internacional), explica a enorme dificuldade do setor avícola para manter a normalidade da produção.

No gráfico abaixo, a evolução da produção brasileira de milho (primeira e segunda safras e produção total) entre 2001 e 2021 (previsão de maio passado), segundo a CONAB.

Fonte: OvoSite

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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