O doce resultado do maracujá

Sirlei Benetti
Sirlei Benetti
https://youtu.be/MyOQWgTZIy0

 

#souagro | Produtor de uva há 30 anos, Pedro Hanay, de Marialva, no Paraná, aposta na produção de maracujá há 6 anos. Na propriedade, ele cultiva três espécies: pérola, cerrado e peroba. Além do maracujá azedo, bastante conhecido, existe também o maracujá doce. Foi a partir da adversidade que seu Pedro decidiu investir na produção de maracujá. Com o baixo retorno financeiro da uva, ele decidiu investir na produção de outra fruta. “Há seis anos, tive problemas com a falta de valorização do preço da uva no mercado, encarecendo a mão de obra, e com incentivo da Prefeitura de Marialva, decidiu plantar maracujá”, conta.

Até então ele não conhecia nada sobre o manejo do maracujá. Pesquisando o contando com o suporte da assistência técnica, ele começou a desenvolver a produção do fruto em sua propriedade. “Aproveitando toda a estrutura da uva, iniciei com 80 pés de maracujá para aprender como seria trabalhar com a cultura”.

De acordo com ele, trata-se de uma atividade que necessita de atenção, entretanto, considerada mais tranquila que a uva, com o fator positivo de não precisar aplicar produtos como na viticultura. “Se comparamos com a uva, o custo de produção é bem mais em conta, tanto na parte da mão de obra como na aplicação de produtos químicos, ou seja, o retorno é muito melhor do que com a uva”.

Crise hídrica avança do campo para a cidade

O interessante é o horário ideal para a polinização de área, manual nas flores de maracujá. A polinização manual tem sido o diferencial no caso do maracujá azedo. A diferença de produção tem sido de até 35%. “Toda a polinização é feita manualmente, todos os dias, sem descanso no sábado e domingo. A partir da abertura da flor, que acontece entre 13h30 e 14h, isso vai depender das condições do clima. É preciso fazer toda essa atividade para ter um ganho real de peso do fruto”, relata.

Produtores rurais cada vez mais conectados

O maracujá doce, também presente na propriedade de seu Pedro, não requer a polinização manual para frutificar e bem resistente a doenças e pragas, além de ser um fruto bem aceito no mercado.  O espaçamento de cultivo é de 2 metros por 2,5 metros e o valor do custo de implantação, com a muda pronta, é em média de R$ 5. O mercado hoje tem pago em média, R$ 5 o quilo de maracujá. Toda a produção é destinada a atender o comércio de Maringá.

Esse ano, havia uma expectativa boa de produção, mas a interferência do clima comprometeu os resultados. Para esse ano, precisão de 18 mil quilos por hectares. Nos outros anos, chegou a 25 mil a 27 mil quilos por hectare. Quando ao preço, até o momento está compensando, em função do clima tem menor oferta de produto e com isso, o preço se mantém satisfatório.

 

PRAGAS E DOENÇAS

Como em todas as outras culturas, o produtor precisa ficar atento quanto às pragas e doenças. No parreiral de maracujá, elas também estão presentes. Armadilhas são suspensas em pontos estratégicos do parreiral para fazer o controle das pragas sem aplicação de inseticidas, preservando a saúde de quem irá consumir o fruto.

 

(Sirlei Benetti/Sou Agro)

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