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Crise de Insumos agrícolas: saiba causas, efeitos e soluções

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| O preço dos insumos é um tema que vem preocupação que vem acompanhando os agricultores nos últimos meses. A crise vivida no momento é causada por fatores ligados a oferta e demanda. Por isso Dr. Agro fez uma explicação sobre o assunto para entender exatamente o que tem causado a situação atual.

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OFERTA X DEMANDA

“O custo de energia, petróleo e do gás subiu muito afetando o custo de produção de fertilizantes e defensivos. Tudo aliado ao problema do transporte, escassez de contêiner, a consequência dos portos que ficaram fechados por conta da Covid-19, aviões que não circulavam lembrando que os porões são muito usados pra cargas também, complicando muito a questão do transporte. Política ambiental, não apenas na China, mas outros países produtores estão criando restrições dificultando a vida de muitas fábricas, levando inclusive ao fechamento de áreas e de produções movendo pra outros locais e isso também complicou a oferta de fertilizantes defensivos, medicamentos usados com insumos pra pro agro. As restrições de energia que estão passando Índia, problemas do carvão, alguns países que também restringiram as exportações pra garantir o abastecimento do mercado interno de insumos e no Brasil o problema agravado com real desvalorizado, esses fatores são os fatores da oferta”, explica Dr. Agro.

Existe também a questão da demanda que colabora para a atuação situação dos fertilizantes como explica Dr. Agro: “Com esses preços extremamente elevados das commodities, os produtores reagem a preço, são incentivados a produzir e estão expandindo áreas. Principalmente no Brasil onde vocês tão vendo uma coisa agora que nós nunca mais vamos ver e nunca vimos que é uma expansão quase seis milhões de hectares. E na demanda também tem o problema do pânico. Ah, vai faltar? Vou correr, né? Isso aqui que a gente sabe que esse comportamento agrava a escassez. Então, esse é o quadro que nós temos hoje que levou os preços dos fertilizantes, defensivos, muito mais altos, comprometendo as margens dos produtores e criando problemas que tão sendo sentidos aí nos canais, nas indústrias de insumos e também mais fortemente pelos produtores, as cooperativas e outros.”

 

COMPRAR OU NÃO?

Dr. Agro faz uma avaliação sobre o que é preciso observar para montar cenários e saber se deve ou não comprar: “Eu pensei aqui em nove fatores e dependendo de como eles variarem, vocês vão ver pra que lado vai o preço e se eu tenho que ou não a minha compra. Primeiro, a produção na China, Índia, Leste Europeu, quando que ela volta? Quando que volta o suprimento de energia na China a se normalizar? Talvez depois dos jogos, como é que isso aqui vai caminhar? Preços do petróleo e do transporte. Quando que isso se normaliza pra também reduzir o custo de mover essas mercadorias? O uso menor e racionalidade. Nós já observamos os americanos usarem menos na safra 2021 vão usar menos na safra de 2022 pondo só aonde é preciso. Isso aqui é um comportamento que pode surpreender também. Produtos alternativos, ou seja, um produto químico alternativo que também funciona pra eventual praga, doença, sendo substituído e usado e principalmente produtos biológicos, que eu acredito que vão ter uma explosão agora no mercado para o benefício até da agricultura mais Ambiental. Culturas alternativas nos Estados Unidos já há conversas de substituição de cultura que poderia usar menos insumo. Nós temos que observar isso também. Fornecedores alternativos a esses preços de fertilizantes, produtos químicos, a produção em outros países, em outros locais é estimulada pro bem da agricultura, diversificando um pouco as fontes de suprimento. Preço dos grãos e velocidade de expansão de novas áreas e eu por exemplo acho que cai né? Porque o preço do grão deve cair com essa mega safra brasileira. Na Argentina a menos que a gente tenha problema ligado aos insumos e problema climático, mas a CONAB vem a cada estimativa aumentando aí a o volume de grãos sendo produzido, o comportamento do câmbio, principalmente agora nesse ano eleitoral no Brasil, eu sou daqueles que acham que o câmbio tá excessivamente desvalorizado. Vamos ver o que acontece e o comportamento de compra que estava ligado aquele fator do pânico, vamos ver agora o comportamento das cooperativas, revendas de produtores quando começarem eventualmente a perceber o problema de escassez não é tão grave quanto se imaginava.”

Tudo isso citado pelo Dr. Agro deve ser analisado para saber para vão os preços, construir os seus cenários e tomar as suas ações mas é muito muito importante olhar sempre as relações de troca, tome as suas decisões e não fique exposto. Se você resolveu comprar antecipadamente, vê a relação de troca e venda antecipadamente também parte da sua produção, pelo menos pra cobrir isso, não fique descoberto.

 

“A minha opinião, a minha aposta agora em dezembro de 2021. Eu acho que esse conjunto de variáveis vai jogar mais no sentido da queda dos preços dos insumos fertilizantes, defensivos, medicamentos principalmente a partir da metade do ano quando a gente vê os americanos usando menos. Então eu não compraria muito antecipadamente. Posso errar? Posso, pelo menos hoje, vocês têm a minha opinião aqui, comecinho de dezembro, que eu estou pensando, tá bom? Boas decisões pra vocês, meu intuito é só de ajudar”, finaliza Dr. Agro.

 

(Débora Damasceno/Sou Agro com Dr. Agro)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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