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Brasil tem tudo para dominar o mercado de carbono

Débora Damasceno
Débora Damasceno
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#souagro| A COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) é um dos assuntos mais comentados nos últimos dias no mundo todo. Foram muitos debates feitos pelos países participantes, incluindo o Brasil. Um dos temas foi à emissão de carbono, que segundo o engenheiro agrônomo, Xico Graziano será um mercado que vai deslanchar:  “Nós vimos uma inundação de informações as atenções estavam voltadas para a COP26, vai ter solução? qual é qual a posição do Brasil? Qual a posição da China dos outros países nesta discussão sobre a sustentabilidade a partir daquilo que passou a ser chamado desde 2015 a era do Baixo Carbono.”

VEJA O VÍDEO COM A EXLICAÇÃO DE XICO GRAZIANO:

O que é o baixo carbono?

Xico explica que isso é substituir energias significa substituição das energias fósseis, pelas energias renováveis: “ Das energias sujas que são as derivadas do petróleo, gasolina, óleo diesel, querosene, do carvão mineral que é lavrado e vira um importante fonte de energia para muitos países EUA, Austrália e China, muitos dependem de carvão mineral e muito petróleo e também de gás. Cada vez que você queima jazida de petróleo de carvão ou queima gás, você está eliminando carbono para atmosfera.  Gás carbono, metano e outros componentes cuja presença fundamental  é do carbono. As energias sujas estão sendo substituídas pelas energias limpas: energia solar, energia eólica, energias renováveis… Petróleo é fóssil um dia vai acabar, o carvão também.”

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Agricultura como produção de energia renovável

A agricultura entra nesse debate de menor emissão do gás carbono com a bioenergia que pode ser produzida de várias maneiras: “A cana de Açúcar que vira etanol; o milho que ferventado vira etanol; a soja que é processada, vira biodiesel;  o sebo bovino descartado nos frigoríficos sendo processado com as novas tecnologias também uma fonte importante de biodiesel. Junto com a hidroeletricidade mais as bioenergias, mais energia solar e energia eólica são as principais consideradas energias renováveis”, detalha, Xico.

A discussão do baixo carbono

A grande discussão do mundo de hoje é sobre essa nova era do Baixo Carbono, muitas pessoas questionam se o homem realmente tem toda responsabilidade em relação ao aquecimento global, e Xico responde essa questão: “Há uma discussão científica sobre as causas da mudança de clima, mas de fato ela está acontecendo. Quem está na agricultura sabe disso, o período de chuvas está mudando, eventos extremos como não se via antes, estão acontecendo. Mas independente de você discutir origem ou quem causa, o fato é que o mundo das empresas, as nações estão todas envolvidas nesta agenda do Baixo Carbono e daí é que surgiu o mercado de carbono.”

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O mercado do carbono

Como o mundo todo está nesse debate de diminuir a emissão de carbono, é por isso que esse é um mercado deve deslanchar segundo Xico: “Quem conseguir, como o Brasil terá condições de conseguir, gerar energia limpa, especialmente a partir do Agro você poderá comercializar os créditos de carbono gerados nestes novos processos. Se você se você manter uma floresta, se  você reflorestar uma área, vai estar incorporando pela fotossíntese carbono da atmosfera, gás carbônico, então uma nova agenda ligada ao agro está surgindo que é através da fotossíntese. Essa capacidade maravilhosa de sequestrar carbono pela fotossíntese  e você fazer uma conta disso, começar a vender aquilo que você está sequestrando. Na sua pastagem bem conduzida, na geração de etanol da cana de açúcar, nas florestas plantadas com eucalipto com Teca com tantas espécies maravilhosas de árvores que são usadas em reflorestamento.”

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Brasil pode liderar o mercado de carbono

Xico finaliza dizendo que essa discussão da Cop26 relacionadas ao futuro mercado de carbono é importante para o Brasil: “o Brasil pode liderar o mercado de carbono no mundo, baseado principalmente da força da agropecuária brasileira. Então nós não temos que ter medo dessa discussão da sustentabilidade, nós precisamos fazer o contrário, nós precisamos liberar a sustentabilidade a partir da força que Deus deu para o Agro brasileiro.”

XICO GRAZIANO

Francisco Graziano Neto é engenheiro agrônomo, formado na ESALQ/USP e doutor em administração pela FGV/SP, onde leciona, no MBA, a disciplina de “Meio ambiente e agronegócios”. Ocupou vários cargos públicos, se destacando os de Secretário Estadual de Meio Ambiente e Secretário Estadual de Agricultura, em São Paulo. Consultor de sustentabilidade, conferencista, foi professor na Unesp, em Jaboticabal. Sócio-diretor da OIABrasil, empresa de certificação socioambiental, tem 10 livros publicados sobre as questões agrária, agricultura e política.

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(Débora Damasceno/ Sou Agro com Xico Graziano)

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