Foto: reprodução internet

“O momento é inapropriado e não está adequado para nós”, diz produtor de Goiás sobre taxação do agro

Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Mostramos aqui no Sou Agro que Goiás aprovou a taxação do agro por lá, por 22 votos favoráveis e 14 contra,  em sessão na Assembleia Legislativa.

O plenário esteve fechado, a sessão não pôde ser acompanhada pelo público e ainda aconteceu de forma híbrida, alguns integrantes de forma presencial e outros online. A votação deveria ter ocorrido na segunda-feira (21), com casa cheia, mas foi cancelada por conta da manifestação dos agricultores que acompanharam os trabalhos.  A foto mostra o plenário cheio para a sessão de segunda-feira. Nesta terça-feira, as portas estavam fechadas ao público e o projeto foi aprovado.

 

E essa taxação do agro goiano tem provocado indignação entre os produtores. O setor acredita que essa medida vai barrar o crescimento da agropecuária do Estado. Ernandes Simão é produtor de grãos no município de Rio Verde. Para ele, a taxação vem num momento inapropriado.

“Este ano, estamos com custo de produção de lavoura acima de 30%, em alguns casos, chegando até 50%. E também estamos enfrentando um caso climático que era de forma inesperada por todos nós. Então é uma combinação de clima, aonde apontou a produtividade indesejável por nós e que já está sendo uma realidade atrás em plantio, produtividade baixa e custo elevado. Então, o momento é inapropriado e realmente não está adequado para nós”, diz Ernandes Simão, produtor rural de Goiás.

 

PRÓXIMOS PASSOS

O projeto agora segue para a sanção do governador e só a partir daí haverá confirmação de quando a taxação começa a valer. A proposta do governador reeleito, Ronaldo Caiado (União Brasil) e levou descontentamento ao setor, que esteve articulado durante todo o processo para a aprovação da taxa.

Sobre a lei

A lei cria Fundo Estadual de Infraestrutura . A matéria recebeu o aval dos deputados, em segunda e definitiva votação, e está apta a seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).

A intenção é criar o Fundo Estadual de Infraestrutura na Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) com contribuição de até 1,65% paga pelo setor do agronegócio goiano. Conforme o art. 1 do projeto, o fundo deverá gerir os recursos da produção agrícola, pecuária e mineral no estado de Goiás, além das demais fontes de receitas definidas nele.

Também é preciso implementar, em âmbito estadual, políticas e ações administrativas de infraestrutura agropecuária, dos modais de transporte, recuperação, manutenção, conservação, pavimentação e implantação de rodovias, sinalização, artes especiais, pentes, bueiros, edificação e operacionalização de aeródromos.

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas